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Um ano após a invasão da Ucrânia, os três blocos em que se dividiu a diplomacia global (o Ocidente, o sul global e a Rússia com seus poucos satélites) não moveram um pingo, nem conseguiram obter apoio para suas respectivas causas . A falta de entendimento foi destacada na sessão extraordinária do Conselho de Segurança da ONU realizada nesta sexta-feira em Nova York. As posições parecem ainda mais amargas, mesmo com episódios de tensão, como o gesto do embaixador russo, Vasili Nebenzia, ao propor, diante do minuto de silêncio para as vítimas solicitado pela Ucrânia, um estendido a “todas as vítimas desde 2014”, quando o conflito começou no leste da Ucrânia. Nebenzia finalmente se juntou, levantando-se, mas seu protesto inicial, batendo na mesa, mostrou como a tentativa de conciliação de posições ainda parece distante. O Conselho, garante teórico da paz e da segurança internacionais, continua bloqueado.
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