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Dezenas de mercenários russos de Wagner foram mortos numa emboscada no Mali

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Dezenas de mercenários russos que lutavam pelo notório Grupo Wagner no Norte de África foram mortos no fim de semana no Mali, numa aparente emboscada.

Imagens analisadas pela Strong The One mostraram dezenas de soldados russos, alguns em vários graus de nudez, muitos deles desabaram uns sobre os outros, espalhados em torno de veículos em chamas e parecendo ter morrido após um ataque violento.

Os acontecimentos que levaram ao ataque permanecem obscuros, embora os relatórios indiquem que o massacre foi o resultado de uma emboscada levada a cabo por separatistas tuaregues contra Wagner e forças malianas perto da fronteira com a Argélia.

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“As nossas forças eliminaram decisivamente estes comboios inimigos no sábado”, disse Mohamed Mouloud Ramadane, porta-voz do movimento rebelde no norte do Mali conhecido como Quadro Estratégico Permanente para a Paz, Segurança e Desenvolvimento, num comunicado no domingo, segundo a Al Jazeera.

O porta-voz acrescentou: “Uma grande quantidade de equipamentos e armas foram apreendidos ou destruídos”.

Os grupos rebeldes também capturaram um número não confirmado de prisioneiros, enquanto sete dos seus combatentes foram mortos e outros 12 ficaram feridos, disse o comunicado.

A mídia russa informou que pelo menos 20 soldados Wagner foram mortos na emboscada, enquanto o exército do Mali disse que dois de seus soldados foram mortos, embora alguns relatórios sugerissem que o número de mortos russos poderia chegar a 80.

A Strong The One não conseguiu verificar de forma independente o número de soldados russos ou malineses mortos mostrados nas imagens, ou se algum combatente foi capturado.

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A emboscada ocorrida no sábado parece ter ocorrido após dias de combates na região de Tinzaoutin, no nordeste do Mali.

As forças Wagner da Rússia, oficialmente dirigidas por Yevgeny Prigozhin, que morreu num acidente de avião em agosto de 2023 depois de desafiar o Kremlin, têm lutado ao lado do exército do Mali desde 2022, depois de os líderes militares do Mali tomarem o controlo do país do Norte de África e expulsarem as forças francesas.

Os combates intensificaram-se na região norte do Mali nos últimos meses, depois de os governantes militares do Mali terem cancelado em Janeiro um acordo de paz de 2015 com o grupo separatista.

O Mali alegadamente alegou que as forças russas não eram mercenários Wagner, mas sim treinadores que ajudavam o exército na sua guerra contra os extremistas islâmicos.

Mas numa rara declaração, Wagner disse no Telegram que as suas forças no Mali, sob o comando do comandante Sergei Shevchenko – cujo indicativo é “Bond” – lutaram ao lado das forças malianas de 22 a 27 de julho.

“No primeiro dia, o grupo de Bond destruiu a maioria dos islamistas e forçou o resto a fugir. No entanto, uma tempestade de areia que se seguiu permitiu que os extremistas se reagrupassem e aumentassem o seu número para 1.000 pessoas”, disse Wagner no Telegram, de acordo com uma reportagem da Reuters sobre Segunda-feira.

Os relatórios dizem que Shevchenko foi morto nos combates.

A Reuters contribuiu para este relatório.

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