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O prazo para as empresas participarem do programa Desenrola Brasil termina nesta terça-feira (12). Até segunda-feira (11) desta semana, mais de 800 empresas já se inscreveram no programa de resolução de dívidas.
Esta segunda fase do Desenrolla permitirá negociações de dívidas com bancos, retalhistas, empresas de água e saneamento, empresas de distribuição de electricidade, etc.
A expectativa é que o Tesouro anuncie o balanço final no final desta terça-feira. Os credores devem se qualificar para o Desenrola por meio do portal do credor até às 23h59.
Estarão elegíveis para participar desta fase do programa empresas com saldos recebidos de consumidores negativos entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022.
Por meio do Desenrola, o governo federal oferecerá bolsas renegociadas de até R$ 5 mil por pessoa aos consumidores com renda mensal inferior a dois salários mínimos e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico).
Para tanto, foram disponibilizados R$ 8 bilhões do chamado Fundo de Operações Garantidas (FGO).
O governo está a tentar criar concorrência entre as empresas credoras e oferecer melhores condições para o pagamento da dívida.
O governo também planeja criar uma plataforma digital para acelerar as renegociações. Além disso, o projeto de lei que regulamenta o programa (PL) permite que quem tem dívidas com microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas e médias empresas possa renegociar por meio da nova plataforma.
Em junho, o Planalto divulgou uma estimativa preliminar de cerca de 50 bilhões de reais, que poderia beneficiar 43 milhões de pessoas.
O parcelamento pode ser feito em até 60 meses e não há necessidade de entrada. A taxa de financiamento é de 1,99% ao mês e o parcelamento pode ser feito por débito direto, Pix ou transferência bancária.
A segunda fase do Desenrolla está prevista para o final de setembro e deve durar até o final do ano. A primeira fase cobriu a dívida bancária.
Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), foram negociados 11,7 bilhões de reais nesse esquema, beneficiando 1,25 milhão de clientes bancários.
O Ministério das Finanças informou que cerca de 10 milhões de pessoas no país com dívidas de até R100 tiveram seus nomes retirados da lista de “rejeitados”.
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