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O movimento proTEJO defendeu hoje os “benefícios” de uma “política de melhoria da qualidade da água na Bacia do Tejo” para “resolver o problema da apanha e processamento de bivalves destinados ao consumo humano no estuário” do rio.
“É importante prosseguir uma política de melhoria da qualidade da água para que a Bacia do Tejo e a sua foz possam atingir o estado saudável da Zona A, permitindo a colheita e venda de bivalves para consumo humano direto sem necessidade de unidades de depuração (Zona B) ou transformação industrial (Zona C)”, afirmou o movimento Ambiental, com sede em Vila Nova da Barquinha, na região de Santarém.
Sublinhou que a melhoria da qualidade da água do rio Tejo permitiria “poupar investimento para o erário público e os contribuintes”, mas “acima de tudo, alcançar a saúde ecológica do ecossistema fluvial necessária para manter as bases de suporte à vida”. .
Numa carta aberta dirigida aos ministros da Agricultura, Pescas, Ambiente e Energia, o Movimento Tejo pergunta “por que não se registaram melhorias na qualidade microbiológica da água na zona acima da Ponte Vasco da Gama”, onde “a pesca de todos os bivalves continuam proibidos, ao contrário da parte da foz do rio abaixo desta travessia, onde “os bivalves não serão processados, mas serão purificados no rio”, tendo “registado uma melhoria significativa na qualidade microbiológica”.
Assim, o proTEJO, que apontou as “origens do problema”, enfatizou a “aderência à posição transmitida ao Ministro do Ambiente e Acção Climática em Abril de 2021”, sobre “a necessidade de tomar medidas para eliminar a deterioração da contaminação microbiológica”. A qualidade da água do estuário do Tejo (…) que poderá ter origens diversas.”
“A presença de fontes de poluição no curso principal do rio Tejo, com origem em Espanha e Portugal, a ocorrência de poluição nos afluentes do rio Tejo, o tratamento insuficiente das águas residuais urbanas na área metropolitana de Lisboa, e os danos ambientais” Passivos da atividade industrial de décadas na região metropolitana de São Paulo, que podem ser inferidos “pelos altos níveis de metais pesados, especialmente chumbo”, o movimento notou alguns problemas.
“Estão a ser gerados impactos ambientais negativos na sua biodiversidade, causando graves danos às atividades piscatórias, nomeadamente à pesca de bivalves, e às práticas com elevados riscos para a saúde pública que estão a ser desenvolvidas”, frisou hoje a PROTEGO, defendendo a implementação imediata de três medidas.
O Movimento Tejo pede à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e à Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) que “promovam a identificação de fontes de contaminação microbiológica e de metais pesados que degradam a qualidade da água”. Estuário de Tajja e tomar as medidas necessárias para removê-lo” e “contabilizando os fatores poluentes”.
“É necessário saber se esta poluição se deve ao insuficiente tratamento de águas residuais e aos passivos ambientais existentes na área urbana envolvente de Lisboa e/ou à ocorrência de poluição a montante da bacia do rio Tejo, ou seja, com origem no rio Tejo e no rio Tejo. ” seus afluentes”, destacou o proTEJO no documento.
O segundo pedido é dirigido à APA, para que “sejam implementadas medidas que permitam às massas de água da Bacia do Tejo atingir um bom estado ambiental (…) no cumprimento da Directiva-Quadro da Água e das Directivas Europeias que regulam o tratamento de águas e águas residuais e qualidade da água para diversos usos, inclusive para aquicultura e piscicultura.
O movimento ambientalista apelou ainda à “reativação da Comissão de Monitorização da Poluição do Rio Tejo, e à sua desativação em 2018”, com o objetivo de “delinear um plano de melhoria da qualidade da água do estuário do Tejo, congregando a ação conjunta da APA , Igamota [Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território]O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Área Metropolitana de Lisboa e os municípios afetados, bem como organizações não governamentais ambientalistas, organizações representativas da atividade piscatória e instituições de investigação científica.”
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