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A Forza Italia era Silvio Berlusconi. Um artefato político criado à imagem e semelhança de suas ambições pessoais e empresariais. Uma formação artificial constituída em 1993 como se fosse uma empresa privada que recrutava publicitários, velhos amigos, empresários e estrelas da televisão para a causa. A invenção era tão nova e tão pessoal que precisaria de mudanças ao longo desses 30 anos. Mas Il Cavaliere ele sempre resistiu em nomear um sucessor. “Mais do que golfinhos, tenho sardinhas”, brincava o homem que foi três vezes primeiro-ministro da Itália. Uma vez morto, porém, o partido tem poucas chances de sobreviver no mar aberto da política italiana. Os tubarões – dentro e fora da formação – estão à espreita. E além da nomeação neste sábado de Antonio Tajani como líder provisório, a família tem nas mãos o destino da formação: a única moderada no espectro da direita italiana.
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