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Trinta pessoas foram acusadas depois de roubarem 133 toneladas de frango e vendê-las em Cuba, em meio à turbulência econômica e à escassez de alimentos no país.
Os ladrões levaram as aves armazenadas em 1.660 caixas de uma instalação estatal na capital Havana e usaram o dinheiro das vendas para comprar produtos como geladeiras, TVs, aparelhos de ar condicionado e laptops.
O frango teria sido distribuído aos cidadãos ao abrigo do sistema de racionamento da ilha, administrado pelos comunistas – introduzido há mais de 60 anos após a revolução de Fidel Castro – que fornece alimentos subsidiados e é parte integrante da vida diária cubana.
A quantidade roubada equivalia a um mês de ração de frango para uma província de tamanho médio, com as actuais taxas de distribuição, disse um funcionário do distribuidor governamental de alimentos COPMAR.
Trabalhadores de TI e chefes de turno da fábrica estavam entre os acusados, bem como seguranças e pessoas de fora não diretamente envolvidas com a empresa.
Os suspeitos podem pegar até 20 anos de prisão se forem considerados culpados.
As autoridades não disseram exatamente quando o roubo ocorreu, mas provavelmente aconteceu entre meia-noite e 2h, quando foram detectadas mudanças de temperatura no armazém.
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As imagens capturaram caminhões transportando o frango para fora do local.
Cuba importa a maior parte dos alimentos e combustíveis que consome, mas as receitas caíram após a COVID, agravadas pelas rigorosas sanções dos EUA e pela estagnação do turismo, que já foi um dos pilares da economia do país.
O governo continua a racionar uma cesta básica de bens, incluindo arroz, feijão, açúcar e proteínas, como carne de porco, frango, carne bovina e peixe.
A criminalidade aumentou desde o fim da pandemia, embora relatos de roubos em grande escala como este ainda sejam uma raridade na ilha caribenha.
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