Milhares de animais e plantas são comprados e vendidos a cada ano globalmente como alimentos, remédios, roupas e móveis – até mesmo na forma de instrumentos musicais. A vida selvagem, ao que parece, é um grande negócio.
O comércio ilegal de vida selvagem, que tem um valor estimado de pelo menos US$ 7 bilhões (£ 5,9 bilhões) e potencialmente até US$ 23 bilhões, está impulsionando algumas das espécies mais conhecidas da Terra – especialmente rinocerontes, elefantes, tigres, leões e, mais recentemente, pangolins – em vias de extinção.
Desde 2008, a aplicação da lei tem desempenhado um papel consideravelmente maior no combate o comércio ilegal de vida selvagem, graças ao apoio de governos, doadores privados, instituições de caridade e empresas de conservação. O resultado é que as técnicas de contra-insurgência, como o desenvolvimento de redes de informantes e a contratação de empresas de segurança privada para treinar guardas florestais em operações anti-caça furtiva com armas de nível militar, proliferaram.
Enquanto isso, muitos conservacionistas estão recorrendo a drones e outras tecnologias para monitorar espécies e aplicar medidas de proteção. Isso, por sua vez, cria novos negócios para empresas de tecnologia que desejam construir uma reputação verde.
Os países devem encontrar uma forma de combater o comércio ilegal de vida selvagem. Mas, como pesquisador da política internacional de conservação, acredito que técnicas e tecnologias implantadas com mais regularidade por empresas de segurança e policiais não são a resposta.