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Wang Wei lembra que não conseguia desviar os olhos da tela da TV em 4 de junho de 1989, quando tinha cinco anos. “Não entendi nada, mas é uma daquelas memórias que nunca desaparece”, lembra este espanhol de origem chinesa que prefere não revelar o seu nome verdadeiro. “Fiquei muito surpreso, porque foi a primeira vez que vi tantos asiáticos no noticiário. Meus pais [chinos emigrantes] Foram muito atenciosos, embora não tenha certeza se entenderam o que os jornalistas diziam”, ressalta. “Nunca falei com a minha família sobre o que aconteceu em Tiananmen”, confessa Wang, enquanto as suas palavras se fundem com a música alta que toca num bar em Pequim, onde vive há mais de uma década.
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