.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China anunciou hoje que Pequim e Tóquio chegaram a um consenso sobre a gestão da água contaminada da central nuclear de Fukushima Daiichi, após meses de negociações.
Diplomatas chineses afirmaram num comunicado que o acordo inclui compromissos do Japão de respeitar o direito internacional e reduzir “os impactos na saúde humana e no ambiente”.
Será também estabelecido um mecanismo de monitorização internacional sob os auspícios da Agência Internacional de Energia Atómica, com a participação activa da China e de outros países interessados, permitindo a recolha independente de amostras e análises laboratoriais comparativas.
O ministério disse também que a China irá “retomar gradualmente” as importações de frutos do mar do Japão, que foram suspensas em agosto de 2023, depois que a água tratada da usina nuclear de Fukushima foi despejada no oceano.
A China “retomará gradualmente as importações de produtos aquáticos japoneses que atendam aos padrões regulatórios”, afirmou o comunicado.
No ano passado, Pequim suspendeu a importação de produtos aquáticos de origem japonesa, para “prevenir o risco de contaminação radioativa”.
A suspensão incluía todos os produtos de origem aquática, incluindo peixes, mariscos, moluscos, crustáceos e algas.
A liberação de água começou cerca de 12 anos e meio após o colapso nuclear de março de 2011, causado por um poderoso terremoto e tsunami.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, disse na época que “os especialistas da agência estão no terreno para servir de olhos à comunidade internacional e para garantir que a operação de descarregamento seja realizada conforme planejado, de acordo com os padrões de segurança da agência”.
A agência da ONU também lançou um portal web para fornecer dados em tempo real sobre o descarregamento e reiterou garantias de que a agência está a monitorizar as operações no terreno.
.