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A campanha de reeleição do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, alegou ter sido vítima de um ataque cibernético.
A alegação foi feita depois que o jornal americano Politico relatou que uma conta de e-mail anônima enviou a ele um dossiê de informações obtidas de dentro da operação de campanha, mas a entidade que enviou os documentos se recusou a explicar como obteve as informações. O New York Times alega que recebeu “um tesouro de dados semelhante, se não idêntico, de um informante anônimo que se dizia ser a mesma pessoa que enviou os documentos por e-mail para o Politico”.
O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, disse ao Politico que os documentos foram “obtidos ilegalmente de fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos” como parte de um plano para interferir nas próximas eleições dos EUA. Cheung mencionou um relatório da Microsoft publicado na semana passada que alega que uma equipe iraniana enviou um e-mail de spear-phishing para “um alto funcionário de uma campanha presidencial” usando uma “conta de e-mail comprometida de um ex-assessor sênior”.
A Microsoft não informou qual campanha foi alvo da atividade observada, mas o The Washington Post relatou que a campanha de Trump foi o alvo da atividade descrita pela Microsoft.
O Registro não tem conhecimento de nenhuma evidência de que a expedição de phishing iraniana tenha sido bem-sucedida ou tenha sido a fonte dos documentos enviados ao Politico.
Especialistas em infosec são quase sempre muito cautelosos antes de atribuir ataques a uma entidade em particular. Cheung parece não ter evidências de que os documentos vazados foram resultado de ação de um ator estrangeiro.
O Politico disse apenas que se correspondeu com o remetente anônimo, e que a entidade reagiu quando solicitada a revelar como obteve os documentos.
Nenhuma teoria alternativa sobre as origens dos documentos foi apresentada, mas há inúmeras maneiras pelas quais um documento pode ser exfiltrado de uma organização — nem todas elas resultado de ações maliciosas.
Além disso, muitos atores têm motivações para vazar informações. Embora se saiba que muitos estados buscam se intrometer nos assuntos domésticos dos rivais, a política é frequentemente um negócio sujo – facções rivais de um partido vazando informações para prejudicar inimigos internos não é uma ocorrência inédita. ®
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