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Câmara Municipal de Évora alerta para instalação de dois parques solares em “área sensível”

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A Câmara Municipal de Évora quer mais informações e negociações prévias com os promotores dos dois parques fotovoltaicos previstos para a freguesia da Graça do Divor, alvo do protesto local, argumentando que a zona é “particularmente sensível”.

Ontem, a Câmara Municipal do Alentejo emitiu uma “posição consensual” do Executivo sobre os projetos de parques fotovoltaicos no Município e Diocese da Graça do Divor, dizendo que não é “contra a implementação” deste tipo de infraestruturas.

No entanto, os projetos fotovoltaicos ou outros de energia renovável “devem ser compatíveis e respeitar outros valores naturais e culturais que fazem parte da identidade do Alentejo e de Évora”, como se pode ler no documento.

Nesta posição, o município indica que decidiu “apoiar os esforços dos moradores e organizações da Diocese da Graça do Divor para contestar a implementação destes parques, caso não haja negociações e acordo prévios com o município”.

Segundo a Câmara, os dois projetos que prevêem a implementação de parques fotovoltaicos na Graça do Divor abrangem uma “grande área” daquela freguesia, “embora tenham sido reduzidos face a opiniões divergentes”.

“No entanto, como ali existe uma subestação da REN, com uma capacidade de 500 MW [megawatts]Alertou que, conseguindo recolher esta produção, espera-se o surgimento de mais intenções de expansão de parques fotovoltaicos.

Por isso, a Câmara Municipal indicou que está filiada na Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e no Turismo de Portugal, e sublinhou que a zona onde estão previstos os dois projetos é “particularmente sensível”.

“Entre outras razões, dada a presença de uma paisagem magnífica, de uma importante massa de água – a Barragem de Devore -, e de um ecocaminho municipal que ‘aproveita aquela paisagem e o ecossistema ecológico existente, por unidades económicas, nomeadamente turismo adaptado a natureza’, afirma-se no documento.

Assim, entre outras coisas, a autarquia solicita que “os processos em curso de implementação concreta e in loco de parques fotovoltaicos no concelho, neste caso na freguesia da Graça do Divor, sejam alvo de negociação e acordo prévio com a autarquia”. .”

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, hoje contactado pela Lusa, explicou que “neste momento” o município “não sabe exatamente a área abrangida pelos projetos, porque sofreu alterações”.

Por isso, “queremos conhecer a área do parque e depois negociar os projetos com os promotores, pois não podem comprometer um conjunto de valores naturais e económicos da área, especialmente o turismo”, sublinhando que este requisito negocial considera válido o aviso prévio. “para estes e outros projetos” deste tipo.

“O que pretendemos é que, no âmbito das suas competências, a Câmara possa impor mais regras e sobretudo ter uma palavra a dizer e ser ouvida nos processos de licenciamento, que são da responsabilidade da APA”, defendeu o autarca.

Segundo o documento, entre outras coisas, a Câmara promete “esforçar-se para que sejam incluídas ‘regras claras’ relativamente a este tipo de projetos na revisão do plano diretor municipal e do plano de urbanização de Évora para proteger ‘a natureza, as florestas’”. património e outros bens existentes no território”.

A autarquia vai também preparar normas provisórias para a instalação de parques fotovoltaicos no concelho, que “regulam a utilização do espaço”, exigem negociação e garantem a compensação legal resultante destes investimentos, que “serão utilizadas no concelho e na freguesia”. .”

As duas centrais previstas na zona da Graça do Divor são promovidas pelas empresas Hyperion Renewables Évora e IncognitWorld 3, mas enfrentam a oposição de uma plataforma cívica que afirma que os projetos vão causar “danos irreparáveis” à paisagem e à vida dos moradores e residentes. Agentes turísticos.

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