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Câmara da Ilha de Santa Maria tem preocupações na saúde e acessibilidades

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A Câmara da Ilha de Santa Maria vai pedir ao Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) que estabilize o pessoal médico, amplie as instalações das unidades de saúde e resolva as preocupações relativas às acessibilidades marítimas e aéreas, foi hoje revelado.

“Há algumas preocupações que voltamos a levantar, sobretudo na área da saúde, com a necessidade de estabilizar o corpo clínico da unidade de saúde [da ilha de Santa Maria]Dulce Resendes disse hoje à Lusa, a propósito do memorando elaborado para a visita regular que o executivo açoriano irá realizar à ilha entre quarta e quinta-feira.

Na área da saúde, segundo o responsável, há um apelo à ampliação da unidade local “porque a estrutura tornou-se escassa para todos os serviços ali prestados”.

Foi também manifestada “uma certa preocupação” sobre a forma como a Força Aérea Portuguesa realiza as transferências médicas urgentes, depois de vários casos de “atrasos excessivos na evacuação”.

“Também estamos preocupados com as acessibilidades. Esta é uma preocupação que levantamos ano após ano e não vemos solução à vista. Está relacionada com a rotação do navio porta-contentores que abastece a ilha a cada 15 dias, que consideramos insuficiente. e gostaríamos que assim fosse”, afirmou o chefe do conselho insular.

Este órgão apela também ao reforço das acessibilidades aéreas porque, devido ao aumento da afluência de turistas, os residentes em determinadas épocas do ano enfrentam “tremenda dificuldade” na obtenção de bilhetes para São Miguel.

Dulce Resendes lembrou que o Aeroporto de Santa María, que até 1980 era “o centro de distribuição de todos os fluxos provenientes do estrangeiro”, já não o é porque “o quadro rotativo foi transferido para a ilha Terceira”.

“É normal que o principal hub aéreo dos Açores esteja localizado numa ilha como São Miguel”, mas para o responsável não faz sentido que o Aeroporto de Ponta Delgada receba “paragens técnicas quando já está lotado”. ” Com passageiros de companhias aéreas comerciais.

E continuou: “Não vemos que a empresa que supervisiona os aeroportos tenha interesse em rentabilizar uma estrutura como a de Santa Maria”.

O conselho da ilha tem alguma esperança de que o projecto de aviação em curso dê mais destaque ao aeroporto local: “Estamos ansiosos pelo que pode acontecer com a conclusão deste projecto”.

Relativamente às acessibilidades rodoviárias, foi feito um pedido para “aumentar fundos para reparar e pavimentar estradas que estão em mau estado”, enquanto na habitação uma preocupação diz respeito ao parque habitacional do aeroporto.

A nível social, aquela organização gostaria de ver a expansão do lar de idosos “concluída no mais curto espaço de tempo possível” e implementar um novo programa para idosos.

Na agricultura, destaca-se a necessidade de melhorar a água para as culturas na parte baixa da ilha e defende-se o acesso ao programa Vitis (conversão de vinhas) e à formação profissional.

Ao nível da Secretaria de Marinha e Pescas, a Câmara da Ilha de Santa Maria quer saber o estado do Projecto de Melhoria do Porto de São Lourenço e ver como é resolvida a barreira à entrada de navios porta-contentores de maior porte.

No domínio do ambiente, segundo Dulce Resendes, há preocupações com a gestão dos vários parques naturais da ilha, com a perda de costa e trilhos e com a infestação de térmitas.

O Conselho Insular é um órgão consultivo do governo dos Açores composto pelos presidentes dos conselhos insulares e das assembleias municipais, quatro vogais eleitos de cada conselho municipal, três presidentes de juntas de freguesia, um representante do governo regional (sem direito a voto) e vários membros de organizações sociais, ambientais, culturais e empresariais da ilha.

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