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A Câmara Municipal da Covilhã vai implementar uma plataforma própria de monitorização da vespa Velutina e instalar 30 armadilhas no concelho para determinar a localização geográfica da atividade e tornar mais eficaz o combate a esta espécie invasora.
A informação foi avançada à Agência Lusa pelo Coordenador Municipal da Proteção Civil, Luis Márquez, que apresentou hoje a estratégia do Município no combate à Vespa Velutina, que inclui a criação de uma base de dados com a informação recolhida nesta plataforma.
“Temos agora uma plataforma municipal própria, além do SOS Vespa, que georreferencia os ninhos, onde podemos recolher informações e saber onde exterminamos, onde estão, que tipo de ninho, e faremos até para armadilhas”, disse Luis Márquez, em declarações à agência Lusa, para criar uma base de dados municipal sobre a vespa Velutina.
Segundo o coordenador da Câmara Municipal da Proteção Civil da Covilhã, na zona de Castelo Branco, esta ferramenta vai permitir olhar para o mapa e perceber, por exemplo, onde há mais ninhos primários, ou onde há mais ninhos secundários, ou onde mais vespas phyllotina (também conhecidas como vespas asiáticas) foram detectadas nos últimos meses, para melhorar seu modus operandi.
O responsável sublinhou que um dos objetivos é “tentar capturar o maior número de vespas fundadoras, para que não apareçam novos ninhos”.
Disse que a Proteção Civil Municipal da Covilhã exterminou 368 ninhos no ano passado, contra 85 em 2022, “um aumento de 400% face ao ano anterior”.
Luis Márquez sublinhou ainda que para agir mais rapidamente, o município alocou uma equipa para realizar esta operação de extermínio e “respondeu a todos os pedidos”, alertando os moradores para não tentarem eles próprios destruir os ninhos, para evitar a interrupção do serviço. Sem sucesso, se feito incorretamente e resulta em ninhos secundários.
“Apelo a que sempre que seja descoberto um ninho, a Proteção Civil Municipal seja contactada através de email, números de telefone ou plataforma Stop Vespa”, disse Luís Márquez.
O coordenador acrescentou que o objetivo é responder aos alertas no menor tempo possível.
“Queremos ter a certeza de que conseguiremos exterminar 80% dos ninhos nas 24 horas após a denúncia e 100% dos ninhos nas 48 horas após a denúncia”, destacou nas suas declarações à Lusa.
A vespa asiática causa danos a quem tem colónias de abelhas melíferas, pois é predadora e destrói colmeias de abelhas melíferas, o que levou o município da Covilhã a distribuir 400 armadilhas desde agosto do ano passado aos apicultores registados.
Uma das medidas da estratégia municipal de combate à Vespa velutina é continuar a distribuir estas armadilhas, cinco a cada apicultor.
Luis Márquez sublinhou que, segundo os especialistas, já não é possível “acabar com estas espécies invasoras” e destacou assim a importância de implementar medidas que “reduzam a sua propagação”.
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