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O Brasil comemorou ontem o Dia da Amazônia, num momento em que a maior floresta tropical do mundo vive uma grave emergência climática resultante da pior seca das últimas décadas e do elevado número de incêndios que afetam grande parte dos estados amazônicos brasileiros.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o país enfrenta sua pior crise de incêndios desde 2010, com 68 mil incêndios registrados em todo o país somente em agosto.
Uma região que sofreu um surto é a Amazônia, onde os incêndios avançam ao lado de uma seca severa que obrigou estados como Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso a declarar emergência ambiental ou de saúde pública.
A situação dos incêndios florestais na região Amazônica é considerada grave em pelo menos 37 municípios, que registraram mais de mil focos em uma semana, segundo o Instituto Nacional de Incêndios Florestais.
Dados de agosto indicam ainda que duas cidades do Pará, onde está localizado o Parque Nacional da Amazônia, lideram o ranking: São Félix do Xingu, com 1.443 surtos, e Altamira, onde foram identificados 1.102 casos.
No geral, os incêndios na Amazônia brasileira aumentaram 120% em agosto, em comparação com o mesmo mês do ano passado.
“Enfrentamos um processo agudo de alterações climáticas. A floresta está a perder humidade, tornando-a vulnerável a incêndios, tanto de origem humana como no futuro devido a fenómenos naturais como os raios”, disse esta quinta-feira a ministra do Ambiente, Marina Silva, na Comissão do Ambiente. (CMA). Idosos, citado pelo Correio Brasiliense.
Os incêndios não são o único fenômeno meteorológico que afeta o Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Monitorização de Desastres Naturais, o país também enfrenta a pior seca desde 1950.
A hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho, capital do estado de Rondônia, na Amazônia brasileira, foi obrigada a fechar parte de suas unidades “por falta de água suficiente no rio”, segundo a operadora nacional do sistema elétrico . .
O rio Madeira, que alimenta a central, atingiu esta semana o nível mais baixo da história, com 1,02 metros, e segundo o Serviço Geológico não há previsões de chuva na região, o que poderá agravar a crise hídrica.
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