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Bloco de Esquerda questiona governo sobre revogação da concessão atribuída às Águas do Alto Minho

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O Bloco de Esquerda (BE) quer saber se o governo pondera iniciar procedimentos para cancelar a concessão de redes de água, esgotos e resíduos às Águas do Alto Minho (AdAM), conforme anunciou ontem.

Numa pergunta dirigida ao Ministério do Ambiente e Energia, a que a Lusa conseguiu hoje chegar, o deputado Fabian Figueiredo quer também saber se o governo “vai apoiar os municípios na restituição dos municípios” a esses serviços “para que seja restabelecida a normalidade e tarifas justas”. estão garantidos e disponíveis para todos os residentes.”

O pedido do BE surge na sequência do anúncio, em 14 de junho, pelas Câmaras de Valência e de Vila Nova de Cerveira de uma ação intentada no Tribunal Administrativo e Financeiro (TAF) de Braga para ultrapassar um problema jurídico que os impedia de abandonar a AdAM, constituída em 2019.

O objeto do litígio é “o pedido de declaração de ilegalidade do número sete da cláusula 30.ª do contrato de sociedade anônima celebrado entre o Estado português”. [Águas de Portugal] Os municípios do Alto Minho reconhecem este direito [aos municípios de Vila Nova de Cerveira e Valença] Resolver tal contrato sem a necessária intervenção de outros municípios doadores.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdévez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Cura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valência ( PS), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cervera (PS), que formam a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três municípios da região – Ponte da Barca (PSD), Moncão (PSD) e Melgaço (PS) – recusaram aderir à parceria.

Segundo o BE, “a agregação dos sistemas municipais de água provocou aumentos nas tarifas de água, gerou graves erros de leitura, provocou cobranças injustificadas nas tarifas de esgotos, e causou graves défices no atendimento ao cliente, entre muitas outras anomalias”. a municipalidade.” A Empresa, pela qual os usuários não têm qualquer responsabilidade.”

“Muitos municípios, tanto a nível nacional como internacional, devolveram os serviços de água aos municípios, a fim de garantir preços justos e acessíveis aos residentes. A remunicipalização destes serviços também tem em conta a autonomia da tomada de decisão democrática que está a ser prejudicada na garantia do direito. ter acesso à água como um bem público.”, pelo qual todos os municípios devem poder lutar, seja através da implementação de medidas específicas e automáticas – como a tarifa social da água, seja através de outras políticas específicas a nível municipal”, lê-se no documento. solicitar.

Para o BE, a agregação dos serviços municipais de água foi um “erro” e referiu-se ao caso da AdAM como “bastante perfeito”.

“Os brutais aumentos tarifários, o recurso ao trabalho precário, as escolhas erradas, as graves falhas e anomalias que se alastraram desde que a empresa começou a operar, em janeiro de 2020, comprovam os danos que a agregação dos serviços municipais causa ao interesse público”, afirmou. enfatiza. O partido, que considera que “o atual modelo de agregação foi desenhado tendo em conta a possibilidade de privatizações no futuro”.

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