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Atacado pela oposição, bloqueio de redes sociais em escolas de SP pode ajudar aprendizado

A oposição tem se mostrado muito ativa: agora dizem que bloquear as redes sociais em escolas poderia ajudar a melhorar a qualidade do aprendizado. Sim, isso mesmo que você leu. Bloquear acesso às redes sociais é a nova fórmula milagrosa para lidar com o péssimo desempenho dos alunos. Quem diria!

1. Quem não quer ver nossos alunos seguindo a ciência?!

Todos querem? Certamente que não. A verdade é que, com mais cientistas, haverá muito menos pessoas para serem contratadas para executarem trabalhos mais humildes. Não é para todos!

E mais, as ciências são muito difíceis de aprender. Na verdade, significa menos pessoas para ocuparem mais do nosso tempo precioso:

  • Disfarça os problemas da sociedade: Já não há problemas na sociedade? Mais ciência não a melhorará.
  • Fala demasiado: Não temos direito a uma momento de silêncio?
  • Torna as pessoas superiores: Quem gosta de pessoas inteligentes?

Também podem achar que é um grande esforço, mas simplesmente não é necessário…

2. Promoção do Estado autoritário é o caminho para a escola?

A promoção do Estado autoritário na escola é, certamente, o caminho mais seguro para as crianças afastando-as dos problemas.

Contudo, se olharmos mais amplamente, veremos que as principais consequências deste método de promoção são:

  • Uma perda da independência dos alunos.
  • Uma diminuição do interesse pelas matérias.
  • Uma falta de capacidade de tomar decisões.

Portanto, seria importante lembrar que o Estado autoritário é um modo de governar que está com os dias contados! Por que não ir além e conscientizar as crianças sobre os perigos do Estado autoritário, e ao mesmo tempo oferecer um método de ensino que lhes permita desenvolver um conhecimento real que lhes permitirá um aprofundamento da realidade que as cerca?

3. Bloquear redes sociais para “facilitar o aprendizado”, realmente funciona?

Agradeço a criatividade dos alunos e professores, pois eles encontraram uma solução mágica: bloquear redes sociais para “facilitar o aprendizado”. Pensem bem: a deterioração da educação se deve exclusivamente às redes sociais. Não a políticas educacionais fracas, professores subdimensionados ou bibliografias desatualizadas.

O que talvez possa estimular o aprendizado, é melhorar o ensino, a gestão escolar, treinar as habilidades básicas, e com toda certeza não bloquear o acesso aos sites de redes sociais, o que não vai mudar nada. Se a concentração dos alunos de fato é tão fraca, talvez seja necessário entender por que essa concentração é tão baixa, e é aí onde a verdadeira questão está:

  • Qual é a qualidade das aulas? Aprendizado é estimulado por meio de atividades lúdicas?
  • 1 Os alunos têm espaço para discutir e colocar em prática o que foi ensinado?
  • 2 Além da prova final, existem outras formas de avaliação para medir o nível de compreensão?
  • 3 Os professores estimulam o debate para que os alunos reflitam criticamente?
    • É exigir muito achar que reprimir as coisas é a solução a todos os problemas. Bloquear o acesso a sites de redes sociais não vai mudar muita coisa, se a qualidade do ensino e a participação na sala de aula não forem estimuladas.

      4. Onde paramos quando “filtrar” conteúdo é a única alternativa?

      Explorar opções de “filtro” para conteúdo on-line pode parecer uma excelente ideia em primeira vista. Bloquear conteúdos “questionáveis” ou “inapropriados” da plataforma em que você trabalha pode parecer a solução para a proteção de indivíduos conscientes sobre os perigos da exposição a tais conteúdos. No entanto, a realidade é que tais filtros excluem qualquer possibilidade de escolha individual.

      Eliminar conteúdo “ofensivo” e “vulgar” pode ser entendido como uma solução temporária. No entanto, é importante ressaltar que censurar conteúdo on-line pode, na verdade, desconectar usuários cada vez mais distantes do conhecimento ou informação que eles precisam para contemplar as questões que permeiam a nossa sociedade. Ao bloquear conteúdo, você impede que os usuários tenham acesso à informação de que precisam. Neste sentido, a censura “focada” cria falhas na educação e compreensão global dos usuários.

      • Ao bloquear conteúdos, você impede que os usuários tenham acesso à informação de que precisam.
      • A censura “focada” cria falhas na educação e compreensão global dos usuários.

      O tipo de “filtro” criado para um local ou ambiente on-line pode ser benéfico no curto prazo. No entanto, definitivamente não é a única alternativa para conteúdos fornecidos on-line. Existem muitas outras ótimas estratégias que podem ser implementadas para ensinar os usuários a se tornarem mais dependentes deles mesmos quando se trata de filtrar conteúdos para melhor aproveitarem seu tempo.
      Existem algumas ferramentas pedagógicas que fornecem ao usuário competência e inteligência para se posicionar em relação a conteúdos questionáveis e definir prioridades pessoais.

      De alguma forma, a iniciativa de bloquear e limitar o acesso às redes sociais nas escolas estaduais parece ‘necessária’ para impulsionar as notas dos alunos, ainda que – como sabemos – a solução mais lógica seria investir em melhores recursos educacionais para ajudar na formação dos estudantes. Mas o que isso teria de empolgante? Assim, consideremos bem sinceras as intenções das autoridades, que querem apenas o melhor para os jovens. Agradeçamos o esforço.

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