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AT está neste momento a avaliar o registo de 166 barragens

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A Administração Fiscal e Aduaneira (AT) está neste momento a realizar o processo de avaliação e posterior registo numa matriz de 166 centrais hidroelétricas, disse hoje a diretora-geral da AT, Helena Borges, numa audição no Parlamento.

Salientando que a avaliação das barragens para efeitos do IMI não é um processo automático e que a AT tem recebido informação de forma faseada da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Helena Borges disse que a AT está neste momento a avaliar o registo na matriz de 166 estações hidráulicas .

“Ainda estamos a descobrir o universo que temos de avaliar”, disse, sublinhando que “não há seis barragens”. [vendidas pela EDP] E que neste momento já está em curso “o processo de avaliação e posterior registo da matriz de 166 estações hidráulicas”.

O diretor-geral da AT é hoje ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças na sequência de um pedido do Bloco de Esquerda sobre o atraso na avaliação das barragens do Douro para o IMI, depois de este ter afirmado não saber dizer quando é que o processo terminaria.

“Estamos a receber informações provisórias da APA, que teve de solicitar esses itens aos seus serviços regionais”, disse, lembrando que não se trata de um processo de candidatura automatizado, não só porque a informação não estava disponível, mas também seria necessário organizar as informações coletadas.

Disse ainda que o processo envolveu até agora 17 Direções de Finanças e 85 Direções de Finanças, destacando que este é um trabalho que nunca foi feito há décadas, mas que a AT não deixará de fazer.

Ele disse: “O certo é que devemos absorver esta directiva, com as suas complexidades, em todas as nossas obrigações”.

Esta audição surge depois do teor do despacho do secretário de Estado das Finanças – que será ouvido na mesma comissão após a audição com Helena Borges – emitido em agosto, no qual o governante responde a questões colocadas pela AT após uma audiência Ficou clara a ordem anterior (de Fevereiro) que orienta a AT a avaliar os aterros e a proceder à correspondente liquidação do IMI.

Neste despacho, além de salientar que a AT deve “garantir o registo, avaliação e liquidação das barragens no IMI” nos termos da lei, o que inclui o registo informal e a atualização da matriz, o secretário de Estado cita a jurisprudência de dos Tribunais Supremos na verificação da subordinação do IMI a quaisquer construções ou construções para aproveitamentos hidroelétricos ou de outra natureza, ainda que sejam do domínio público, e remete para uma reformulação do entendimento de 2015 da AT que aponta no mesmo sentido – que foi posteriormente substituído por outro entendimento que considera que, no caso de bens de domínio público, esses bens não estão sujeitos a IMI.

Durante a audiência, Helena Borges disse já ter cancelado esse entendimento e deu instruções para rever o entendimento anterior (de 2015).

O despacho exige ainda que a AT envie um relatório sobre tudo o que foi feito no âmbito desta operação de avaliação e liquidação do IMI das barragens, tendo a Diretora-Geral lembrado que o mesmo foi enviado ao Secretário de Estado no dia 29 de setembro e que a informação atualizada sobre a operação foi enviada nesta terça-feira.

Segundo o director-geral adjunto da Divisão do Património, a instituição está a trabalhar desde a emissão do primeiro despacho, em Fevereiro passado, explicando que o primeiro passo foi notificar as concessionárias para registarem as barragens através do Formulário 1 do IMI.

Neste contexto, são vários os casos: Franqueados que entregaram o Formulário 1 – com os “poucos” que o fizeram – passam para a fase de avaliação informal nos casos em que não há resposta após o prazo de cinco dias fixado pelo contribuinte para este propósito.

Mas sublinhou que “fazer isso de forma não oficial significa” a necessidade de fornecer ao perito que vai ao terreno um documento contendo informações sobre o que deve avaliar, já que há barragens que se estendem por vários quilómetros.

A questão do pagamento de impostos sobre barragens surgiu quando a EDP vendeu seis barragens na região do Douro, e o pedido foi dirigido a todas as centrais hidroelétricas.

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