Estudos/Pesquisa

As recompensas só promovem a cooperação se a outra pessoa também aprender sobre elas – Strong The One

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Pesquisadores do Instituto Max Planck em Plön mostram que a reputação desempenha um papel fundamental na determinação de quais políticas de recompensa as pessoas adotam. Usando a teoria dos jogos, eles explicam por que os indivíduos aprendem a usar recompensas para promover especificamente o bom comportamento.

Muitas vezes, usamos incentivos positivos como recompensas para promover o comportamento cooperativo. Mas por que premiamos predominantemente a cooperação? Por que a deserção raramente é recompensada? Ou, mais geralmente, por que nos preocupamos em nos engajar em qualquer forma de recompensa em primeiro lugar? O trabalho teórico feito pelos pesquisadores Saptarshi Pal e Christian Hilbe no Max Planck Research Group ‘Dynamics of Social Behaviour’ sugere que os efeitos da reputação podem explicar por que os indivíduos aprendem a recompensar socialmente.

Com ferramentas da teoria evolucionária dos jogos, os pesquisadores constroem um modelo onde os indivíduos de uma população (o jogadoras) podem adotar diferentes estratégias de cooperação e recompensa ao longo do tempo. Neste modelo, a reputação dos jogadores é um elemento chave. Os jogadores sabem, com um grau de certeza (caracterizado pelo transmissibilidade da informação da população), como seus parceiros de interação vão reagir ao seu comportamento (ou seja, quais comportamentos eles consideram dignos de recompensas). Se a transmissibilidade da informação for suficientemente alta, os jogadores aprendem a recompensar a cooperação. Por outro lado, sem informações suficientes sobre os pares, os jogadores se abstêm de usar recompensas. Os pesquisadores mostram que esses efeitos da reputação também ocorrem de maneira semelhante quando os indivíduos interagem em grupos com mais de dois indivíduos.

Recompensa anti-social

Além de destacar o papel da reputação em catalisar a cooperação e a recompensa social, os cientistas identificam alguns cenários em que a recompensa antissocial pode evoluir. A recompensa antissocial exige que as populações sejam sortidas ou que as recompensas sejam mutuamente benéficas para o destinatário. e o provedor da recompensa. “Essas condições sob as quais as pessoas podem aprender a recompensar a deserção são, no entanto, um pouco restritivas, pois também exigem que as informações sejam escassas”, acrescenta Saptarshi Pal.

Os resultados deste estudo sugerem que as recompensas só são eficazes na promoção da cooperação quando podem influenciar os indivíduos a agir de forma oportunista. Esses jogadores oportunistas só cooperam quando antecipam uma recompensa por sua cooperação. Uma maior transmissibilidade da informação aumenta tanto o incentivo para recompensar os outros pela cooperação quanto o incentivo para cooperar em primeiro lugar. No geral, o modelo sugere que quando as pessoas recompensam a cooperação em um ambiente onde a transmissibilidade da informação é alta, elas acabam se beneficiando. Essa interpretação tira o altruísmo da recompensa social – as pessoas podem não usar recompensas para melhorar o bem-estar dos outros, mas para ajudar a si mesmas.

Fonte da história:

Materiais fornecidos por Max Planck Gesellschaft. Nota: O conteúdo pode ser editado para estilo e duração.

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