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As magnetobactérias poderiam dar aos animais um poderoso “sexto sentido”.

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Exemplo disso são as tartarugas marinhas, que através deste mecanismo conseguem retornar à praia onde nasceram. Mas também muitas espécies de pinguins, morcegos, aves, peixes, lagostas e baleias francas do Atlântico. Robert Vitak, professor do Departamento de Biologia da Universidade da Flórida Central, explica que os cientistas vêm tentando compreender esta dinâmica há muitos anos, razão pela qual “explicar este mecanismo é uma das últimas grandes fronteiras da biologia sensorial, e é como procurar uma agulha num palheiro.”

O estudo publicado em Sociedade RealFoi conduzido por Fitak em colaboração com cientistas do Reino Unido e de Israel e propõe a hipótese de que o sexto sentido magnético dos animais decorre de uma relação simbiótica com bactérias magnetotáticas – um tipo de bactéria cujo movimento é afetado por campos magnéticos. Incluindo aqueles na Terra.

As bactérias magnetotáticas consistem em um grupo de bactérias capazes de sintetizar nanopartículas magnéticas, chamadas magnetossomos, que lhes conferem a capacidade de se moverem não apenas na direção do campo magnético terrestre, mas também na direção dos campos magnéticos induzidos. O primeiro artigo publicado sobre bactérias magnetotáticas foi escrito pelo cientista Richard B. Blackmore em 1982, onde descreveu bactérias encontradas em uma amostra de água de Eel Pond em Woods Hole, Massachusetts.

O professor afirma que ainda não se sabe em que parte do animal habitam as bactérias magnetotáticas, mas afirma que os pesquisadores acreditam que elas estejam ligadas ao tecido nervoso, como no olho ou no cérebro. Aprender como os organismos interagem com os campos magnéticos poderia melhorar a compreensão dos humanos sobre o uso dos campos magnéticos da Terra.

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