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As florestas montanhosas africanas armazenam mais carbono do que se pensava

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Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, que destaca o papel desempenhado pelos ecossistemas ameaçados, as florestas montanhosas africanas podem desempenhar um papel essencial na luta contra as alterações climáticas. Tradicionalmente, pensa-se que as florestas em altitudes mais elevadas contêm menos carbono do que as florestas de terras baixas devido a factores como o solo e as alterações climáticas que afectam o seu crescimento.

Contudo, para estimar com maior precisão o carbono armazenado nas chamadas florestas montanhosas, uma equipa internacional analisou dados sobre o carbono armazenado em árvores em 44 locais de alta altitude em 12 países africanos. Eles mediram a altura e o diâmetro de mais de 72 mil árvores para calcular a densidade da madeira e registrar as espécies em cada parcela. A partir daí, conseguiram calcular a quantidade de carbono armazenada por unidade de área florestal.

A equipa descobriu que as florestas montanhosas africanas contêm uma média de 149,4 toneladas de carbono por hectare, o que equivale às taxas de armazenamento de carbono observadas nas florestas africanas de planície. Notavelmente, este valor é dois terços superior ao estimado pelo Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) – cerca de 89,3 toneladas de carbono por hectare.

“As florestas montanhosas são muito valiosas. Armazenam grandes quantidades de carbono e, portanto, desempenham um papel essencial na luta contra as alterações climáticas”, disse Nicolas Barbier, da Universidade de Montpellier e do Centro de Investigação Científica em França.

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