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A Argentina enfrenta as eleições com os resultados mais incertos desde o retorno à democracia, há 40 anos. O surgimento de Javier Milei, candidato que entrou na cena política pela janela há pouco mais de dois anos, perturbou todas as previsões. Com uma agenda que promove a dolarização e a redução do Estado, negacionista das mudanças climáticas e da ditadura e contra o aborto legal, Milei lidera hoje as pesquisas para o primeiro turno presidencial que será realizado neste domingo. Enfrenta o ministro da Economia, Sergio Massa, candidato peronista numa versão cada vez mais distante do kirchnerismo, força que domina a política argentina há duas décadas; e Patricia Bullrich, do Together for Change, aliança que em 2015 trouxe Mauricio Macri para a Casa Rosada. A ex-Ministra da Segurança daquele Governo falido perdeu a estrela da opção de mudança, valor que Milei lhe tirou.
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