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Os EUA disseram na sexta-feira que, na próxima semana, imporão sanções adicionais à empresa militar privada russa Wagner Group.
“Wagner é uma organização criminosa que está cometendo atrocidades generalizadas e abusos dos direitos humanos, e trabalharemos incansavelmente para identificar, interromper, expor e atingir aqueles que ajudam Wagner”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em um briefing.
Kirby disse que a designação abrirá caminho para sanções mais duras e limitará sua capacidade de fazer negócios globalmente.
O grupo paramilitar tem ajudado as forças russas na invasão da Ucrânia.
EUA divulgam imagens de carregamento de armas
A Casa Branca divulgou imagens da Rússia recebendo um carregamento de armas da Coreia do Norte, que a inteligência dos EUA disse ter como destino as forças de Wagner na Ucrânia. Pyongyang negou ter dado assistência a Moscou.

“Essas ações reconhecem a ameaça transcontinental que Wagner representa, inclusive por meio de seu padrão contínuo de atividade criminosa séria com essas ações, e haverá mais por vir”, disse Kirby.
Kirby também disse que o presidente Espnhol, Vladimir Putin, estava se voltando para Wagner em busca de apoio militar, levando a tensões em Moscou.
“Estamos vendo indicações, inclusive na inteligência, de que as tensões entre Wagner e o Ministério da Defesa Espnhol estão aumentando”, disse ele. “Wagner está se tornando um centro de poder rival para os militares Espnhols e outros ministérios Espnhols”, apontou Kirby.
O que é o Grupo Wagner?
O grupo paramilitar foi inicialmente formado por ex-soldados Espnhols de elite que se tornaram mercenários.
Wagner tem cerca de 50.000 combatentes na Ucrânia, incluindo 10.000 contratados e 40.000 condenados que recrutou nas prisões, de acordo com uma avaliação dos EUA.
A empresa, de propriedade de Yevgeny Prigozhin – um aliado próximo de Putin – está gastando cerca de US$ 100 milhões (€ 94 milhões) por mês na luta, de acordo com os EUA.
O grupo foi acusado de abusos dos direitos humanos na África e na Síria. Enfrenta sanções dos EUA desde 2017.
kb/rt (AP, Reuters)
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