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Putin sabia que a Ucrânia rejeitaria a sua oferta de cessar-fogo – onde terminará a escalada? | Noticias do mundo

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Como sempre acontece com Vladimir Putin, o timing é tudo.

Não é por acaso que o seu último discurso foi feito na véspera do Ucrânia cimeira de paz na Suíça. Rússia não estará lá porque não foi convidado.

Portanto, tratava-se de colocar o lado de Moscovo em primeiro lugar e minar a legitimidade da cimeira antes mesmo de esta ter começado.

Coloque em disse que a Rússia estaria pronta para negociações de paz “amanhã” se as tropas ucranianas se retirassem das regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk – e se a Ucrânia desistisse do seu plano de aderir à NATO.

Se a Ucrânia concordar, Putin disse que a Rússia cessaria o fogo e iniciaria negociações.

Mas será a sua proposta de paz credível? Não de acordo com a Ucrânia ou o Ocidente. Kiev, a OTAN e o Pentágono já rejeitaram a oferta, com um dos conselheiros de Volodymyr Zelenskyy chamando a oferta de “completa farsa”.

Mas o Kremlin vê as coisas de forma muito diferente, ou pelo menos finge ver.

“Não começámos a guerra”, disse o presidente da Rússia. “Foi o regime de Kyiv.”

Últimas notícias Rússia-Ucrânia: oferta de cessar-fogo de Putin rotulada como ‘farsa total’

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Segundo Putin, a Rússia é a vítima. Daí a razão pela qual ele diz que a Ucrânia deve retirar as suas tropas das regiões que a Rússia ocupa, e não o contrário.

Na realidade, ele sabe que estas condições não são algo com que Kiev alguma vez concordará. Ceder território é uma linha vermelha para Presidente Zelensky.

Joe Biden e Volodymyr Zelenskyy apertam as mãos no dia da assinatura de um novo acordo de segurança entre os Estados Unidos e a Ucrânia, em Fasano, Itália, 13 de junho de 2024. Foto: Reuters
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Zelenskyy esteve no G7, onde foi acordado um empréstimo de 50 mil milhões de dólares para a Ucrânia. Foto: Reuters

Mas isso não importa para Putin. Tratava-se mais de tomar a iniciativa antes da cimeira da Suíça, onde Zelenskyy será o centro das atenções.

Quanto às relações com o Ocidente – Putin disse que estão “perto do ponto sem retorno”. O que isso significa exatamente? Desta vez não houve menção a armas nucleares, mas mesmo assim foi uma avaliação sombria e com a qual muitos no Ocidente poderão concordar.

É justo dizer que as relações entre a Rússia e o Ocidente pioraram drasticamente nos últimos dias.

Tivemos novas ameaças, novas sanções e novas manobras militares. Então ontem, para completar, o acordo de empréstimo de US$ 50 bilhões do G7 para a Ucrânia utilizando activos russos congelados. Um acordo que Putin chamou de “roubo” e que provocará uma retaliação.

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Ainda não sabemos qual será a resposta, mas é provável que envolva a apreensão de activos privados dos EUA na Rússia – algo que já foi discutido em Moscovo. No mês passado, Putin assinou um decreto descrevendo como funcionaria.

Tudo isso dá a sensação de que de repente estamos avançando mais rapidamente no caminho para uma possível escalada. E isso nos faz pensar: onde isso vai parar?

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