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AIE alerta para o crescente impacto ambiental dos veículos com tração nas quatro rodas

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A Agência Internacional de Energia alertou hoje que os SUV foram responsáveis ​​por mais de um quarto do aumento da procura global de petróleo em 2022 e 2023, e só no ano passado produziram mil milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Este tipo de automóveis representa 48% das vendas globais de automóveis em 2023, e nos países desenvolvidos a sua quota atingiu mais de 50%, com cerca de 20 milhões de unidades registadas, segundo a Agência Internacional de Energia numa análise hoje revelada.

O documento afirma que os SUVs pesam em média entre 200 e 399 quilos a mais que um automóvel de passageiros semelhante.

São também menos aerodinâmicos e, portanto, produzem cerca de 20% mais emissões de CO2.

Isto explica o aumento do consumo global de petróleo diretamente relacionado com SUVs, em 2022 e 2023, em cerca de 600 mil barris por dia, o que representa mais de um quarto do aumento da procura global de petróleo.

Os 360 milhões de SUVs em todo o mundo no final de 2023 emitiram um bilhão de toneladas de dióxido de carbono durante aquele ano. Se fosse um país, tornar-se-ia o quinto maior emissor do mundo, depois da China, dos Estados Unidos, da Índia e da Rússia, e antes do Japão, da Indonésia, do Irão e da Alemanha.

O problema também persiste nos SUVs elétricos, que consomem mais energia do que um automóvel convencional de passageiros com propulsão elétrica. Em 2023, 55% de todos os veículos elétricos vendidos em todo o mundo são SUVs.

Por outro lado, a AIE salienta que os veículos de maior dimensão necessitam de mais matéria-prima para fabricar, no caso dos carros elétricos, metais raros necessários às baterias, que são cada vez maiores.

Sugere-se, portanto, que as autoridades implementem medidas para incentivar os veículos pequenos, por exemplo ajustando os padrões de eficiência energética dependendo do tamanho dos veículos.

A este respeito, importa referir que a França, a Noruega e a Irlanda adoptaram ou estão a considerar legislação para reduzir a procura de SUV e que as cidades francesas de Paris e Lyon impõem taxas mais elevadas de estacionamento para SUV.

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