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O Programa do XIV Governo dos Açores reconhece a agricultura como um “pilar seguro e estável” da economia, e na nova legislatura continuará a priorizar o setor através da investigação, inovação e competitividade.
“O setor primário precisa e merece continuar no caminho positivo. Com investigação, inovação e competitividade. A agricultura nos Açores tem uma expressão económica, social e territorial de grande importância para a coesão regional, representando a identidade e autenticidade de cada uma das nossas ilhas e das suas gentes. “Continua sendo um pilar seguro e estável da nossa economia”, afirma o documento.
De acordo com o programa de governo, que foi entregue quinta-feira na Assembleia Legislativa Regional e a que a LUSA teve hoje acesso, o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, liderado pelo social-democrata José Manuel Bolero, quer continuar a dar prioridade à agricultura “como “um pilar para o desenvolvimento dos Açores”.
O governo regional propõe continuar “com a expiração das dotações no POSEI – Açores” e, no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), avançar com “a reposição dos montantes das ajudas a zonas com constrangimentos naturais ou identificados ” bem como prosseguir a estratégia de “aumento sustentável dos rendimentos dos agricultores” e capacitar os jovens para aceder à economia rural.
Continuar a apoiar a melhoria da competitividade das indústrias agrícolas e do comércio de produtos agrícolas, pecuários e florestais certificados e em mercados com elevado valor comercial e continuar a estratégia de “independência alimentar local gradual em alguns sectores, especialmente em pequenas ilhas e outros”. “Sujeito a condições climáticas adversas que possam comprometer o seu abastecimento”, entre outras finalidades.
O poder executivo, liderado por José Manuel Bolero, inclui também no seu programa de governo a implementação de medidas de combate ao desperdício alimentar, continuar a investir em infraestruturas agrícolas e apostar na agricultura biológica.
Manter a aposta na reabilitação das explorações agrícolas, “com particular destaque para a produção de leite e carne a pasto, recorrendo à excelência na produção de forragens a pasto”, e continuar uma “forte aposta na investigação e inovação, com ênfase no desempenho científico .” A Universidade dos Açores e o estabelecimento de um diálogo entre o governo regional, os produtores alimentares e a academia”, são outras iniciativas.
O Executivo açoriano prometeu ainda, entre outras medidas, continuar a apoiar o cultivo do milho e do sorgo, promover a auto-suficiência alimentar na região, e estudar, em diálogo com a Federação Agrícola dos Açores e a indústria, “a possibilidade da criação de um fundo de garantia para os produtores de leite, que será acionado sempre que o preço do leite cair acima do limite estabelecido pelo salário mínimo e nos momentos em que os preços forem superiores ao custo de produção acrescido de uma margem de lucro pré-determinada , há uma contribuição a ser determinada para este fundo.”
O Programa do XIV Governo dos Açores, que contém as principais orientações políticas e medidas que serão propostas a toda a legislatura, foi entregue quinta-feira pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e das Comunidades, Paulo Estêvão, na Assembleia Legislativa do região, na cidade da Horta.
A discussão do documento está prevista para começar na quarta-feira.
O novo governo de coligação de PSD, CDS-PP e PPM, que tomou posse na segunda-feira, depois de vencer as eleições antecipadas realizadas em 4 de fevereiro, mas sem maioria absoluta, enfrentará a sua primeira “prova de fogo” no debate e votará o programa do governo, que se… Rejeitá-lo por maioria absoluta levará à demissão do poder executivo.
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