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Hoje em dia, as galinhas são uma das aves domésticas mais criadas em todo o mundo, mas a verdade é que nem sempre foi assim. Todo esse processo começou com o cultivo de arroz seco no Sudeste Asiático, atraindo galinhas selvagens asiáticas e aproximando-as dos humanos.
Em 1200 a.C., durante a conhecida Idade do Ferro, as galinhas eram animais tão venerados que até eram enterradas quando morriam, muitas vezes com humanos. A sua domesticação começou em meados do século XVI a.C., começando com o seu transporte através da Ásia e, mais tarde, através do Mediterrâneo, em rotas utilizadas pelos comerciantes marítimos gregos, etruscos e fenícios. Depois de chegarem a esta região, as galinhas demoraram quase mil anos para se adaptarem aos climas frios de países como a Escócia e a Islândia. Só mais tarde começaram a ser vistos como fonte de alimento, através da carne e dos ovos, principalmente graças ao Império Romano.
A equipe internacional analisou ossos de galinha encontrados em mais de 600 sítios em 89 países, bem como cemitérios e registros históricos sobre culturas locais. Os resultados mostraram que a maioria deles era mais recente do que se pensava e que as galinhas só chegaram à Europa no primeiro milénio a.C. Os ossos de galinha domésticos mais antigos foram encontrados no centro da Tailândia e datam de 1650 a 1250 aC.
“Comer frango é tão comum que as pessoas pensam que nunca o comemos. As evidências mostram que a nossa relação anterior com as galinhas era muito mais complexa e que durante séculos as galinhas foram celebradas e reverenciadas.Diz a pesquisadora Naomi Sykes, da Universidade de Exeter.
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