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Ambos viram pessoas morrerem em suas celas, ambos foram torturados e passaram meses em prisões superlotadas, quase sem comida e sem a assistência de um advogado. Dois depoimentos coletados pelo El PAÍS de pessoas detidas durante o regime de emergência, que protege a guerra contra as gangues do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, coincidem com as denúncias de abusos sistemáticos por parte de organizações nacionais e internacionais de direitos humanos. Mortes sob custódia, superlotação extrema, tortura, prisões arbitrárias, inclusive de menores, e total falta de comunicação com advogados ou familiares. Manuel, nome fictício por questões de segurança, na casa dos 40 anos, e Dolores Almendares, 53, que decidiu divulgar sua identidade, passaram meses na prisão acusados de pertencer a gangues. Eles foram liberados por falta de provas conclusivas, mas ambos ainda aguardam julgamento. Estas são suas histórias.
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