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Abertura das Olimpíadas foi uma ode à mitologia grega: diz diretor

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Conservadores irritados com as Olimpíadas de Paris podem precisar mudar suas críticas à cerimônia de abertura de sexta-feira.

Alguns ficaram indignados com uma vinheta que parecia assemelhar-se a uma interpretação drag de “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, uma pintura do século XV que retrata Jesus Cristo e seus 12 discípulos em uma fatídica refeição final.

Mas o quadro, que era criticado como “blasfemo” para muitos da direita americana, era na verdade uma referência a algo completamente diferente, de acordo com Thomas Jolly, o diretor artístico da cerimônia de abertura.

Jolly esclareceu sua visão durante uma aparição no domingo na mídia francesa, explicando que a cena era uma homenagem a Dionísio, o deus grego da decadência e da celebração.

“É Dionísio que chega a esta mesa”, disse Jolly à emissora de televisão francesa BFMTV sobre a figura azul seminuada no centro do quadro, de acordo com uma interpretação da NBC News. “Ele está lá porque é o deus da celebração na mitologia grega.”

“A ideia era ter uma celebração pagã conectada aos deuses do Olimpo”, ele disse. “Você nunca encontrará em mim um desejo de zombar e denegrir ninguém.”

Jolly atraiu apoio em uma publicação na conta oficial dos Jogos no X (antigo Twitter), que dizia: “A interpretação do deus grego Dionísio nos conscientiza do absurdo da violência entre seres humanos”.

Apesar da cena não ter nada a ver com a obra-prima “A Última Ceia” ou com o cristianismo, A porta-voz de Paris 2024, Anne Descamps, pediu desculpas Domingo em uma entrevista coletiva “se as pessoas se ofenderam de alguma forma” com a apresentação.

Depois que a abertura das Olimpíadas, com duração de quatro horas, foi ao ar na sexta-feira, vários conservadores americanos de destaque criticaram publicamente o espetáculo.

O presidente da Câmara, Mike Johnson (R-La.), disse que o segmento de Dionísio fez uma “zombaria” de sua fé cristã, e Donald Trump Jr., chamou a cerimônia de abertura de Paris de uma tentativa “aparentemente satânica” de promover a “ideologia woke”.

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