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O projeto Curiosoil, coordenado pela Universidade de Aveiro e financiado pela União Europeia, irá desenvolver ferramentas para melhorar a educação do solo em Portugal e na Europa, revelou ontem fonte académica.
O projeto terá duração de quatro anos e visa avaliar e aprimorar o conhecimento do solo em diversos níveis de ensino, do básico ao universitário, e entre os tomadores de decisão.
Segundo a coordenadora do projeto, Sonia Rodrigues, o conhecimento sobre o solo está se perdendo.
“Um dos aspectos que temos que discutir é justamente esse conhecimento que os nossos antepassados tinham sobre o solo”, observou.
E acrescentou: “Em muitos casos, o que sabemos hoje sobre o solo foram conceitos que nos foram transmitidos pelos nossos antepassados, ao ouvi-los falar quando cuidavam da horta ou do pedacinho de terra que tinham, e cada vez mais disso. está sendo perdido.”
Os solos estão “sob intensa pressão” devido ao crescimento populacional, à mudança de hábitos de consumo e às mudanças induzidas pelo clima na ocupação e uso da terra.
O Curiosoil faz parte da estratégia liderada pela Comissão Europeia para liderar a transição para solos saudáveis até 2030, através da disseminação de conhecimento para o uso sustentável do solo.
“Queremos despertar a curiosidade das pessoas sobre o solo, o que é o solo e qual a sua importância nas nossas vidas, e para isso tentaremos chegar a todas as idades”, afirma Sonia Rodriguez.
Segundo o coordenador do projeto, serão desenvolvidos materiais curriculares para as escolas e um “kit” de ferramentas interativas, com vídeos, imagens e uma série de experiências multissensoriais para as crianças.
“Teremos também duas grandes exposições interativas: uma será realizada no World Soil Museum, na Holanda, e depois uma segunda exposição interativa será apresentada na Fábrica da Ciência, integrada na Universidade de Aveiro”, explica.
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