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Humanos salvam 580 mil peças de roupas usadas de um aterro sanitário

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Um estudo da ThredUp indica que o mercado de roupas usadas nos EUA cresceu cinco vezes mais rápido que o mercado de varejo vintage. Esta é uma tendência que parece destinada a continuar nos próximos cinco anos. Outro estudo da Confederação Europeia das Indústrias de Reciclagem (EuRIC) afirma que o impacto ambiental da reutilização de têxteis é 70 vezes menor do que a produção de roupas novas. Portugal já tem alguns projetos de moda usada, como a Humana. Anunciaram em seu site que abriram duas novas lojas em 2023 e que as vendas entre 2015 e 2022 aumentaram 400%. Também realizaram uma pesquisa entre os clientes e descobriram que os motivos mais frequentemente citados para a compra de bens usados ​​foram, em primeiro lugar, o benefício ambiental (73% dos entrevistados), seguido pelo valor estético das peças (72%).

A Humana Portugal, serviço de recolha seletiva de roupa usada em Lisboa, afirma em comunicado que no primeiro semestre de 2024 desviou mais de 580 mil peças de aterros, dando-lhes uma segunda vida. A gestão destes resíduos resultou em benefícios ambientais (1.180 toneladas de CO2 e não 1.180 toneladas de CO2).
emitidos) e benefícios sociais (criação de oportunidades de emprego verde, apoio a projetos de cooperação para o desenvolvimento e programas sociais municipais).

 

Como coletar e classificar?

Os cidadãos depositam os têxteis usados ​​(roupa, calçado, acessórios e têxteis para o lar) em 107 contentores espalhados pelo concelho, que são esvaziados regularmente. Os materiais são posteriormente triados por especialistas especializados na preparação de infraestruturas de reutilização geridas por entidades parceiras da Humana. No geral, 60% deles são reutilizáveis ​​e 32% têm reciclabilidade, sendo encaminhados para diversos mercados.

“A recolha selectiva só tem sucesso se combinar três factores: o compromisso ambiental por parte da administração local, o serviço profissional e transparente por parte da entidade administrativa e a cooperação dos cidadãos”, afirma Sónia Almeida, Promotora Nacional da Humana. gostaríamos de expressar nossa gratidão pelas doações dos moradores.”
Autoridades locais.”

 

15 brechós em Lisboa

Parte da roupa recolhida é reaproveitada localmente através da venda nas 15 lojas geridas pela Humana em Lisboa. Em 2023, foram vendidas 1,7 milhão de peças de vestuário, têxteis-lar, calçados e acessórios nessas lojas. A maioria das compras (93%, de acordo com nossa pesquisa com clientes de 2023)
Substitui a compra de uma peça nova equivalente.

“A peça de roupa mais sustentável é aquela que já foi fabricada e já não tem qualquer impacto na produção”. Infelizmente, cerca de 90% dos têxteis são actualmente eliminados em lixo comum e não num ponto de recolha adequado, impossibilitando a sua recuperação. .” Sónia Almeida lembra.

Benefício ambiental

A gestão de têxteis usados ​​vive um momento crucial, fruto do impulso proporcionado pela Estratégia Têxtil da UE para a Sustentabilidade e Circularidade, que responde às crescentes preocupações dos cidadãos sobre os impactos ambientais da moda. Além de economizar recursos (água, energia, matérias-primas),
A valorização dos têxteis contribui para o combate às alterações climáticas: por cada quilograma de roupa recuperada evitam-se 6,1 quilogramas de emissão de dióxido de carbono, segundo um estudo do consórcio Humana People to People. A extracção de mais de 193 toneladas em Lisboa evitou a emissão de 1.180 toneladas de dióxido de carbono.

 

Missão social e recrutamento verde

A economia circular é um fator importante na criação de emprego. A Humana Portugal cria um emprego por cada 18 toneladas de têxteis recuperados, com uma equipa multidisciplinar de 168 pessoas, a maioria das quais mulheres.

A maior parte dos lucros gerados com a venda de vestuário e têxteis usados ​​são investidos em programas de desenvolvimento que a Humana promove nos países do Sul Global, nomeadamente Moçambique e Guiné Bissau, em parceria com organizações congéneres. Os exemplos incluem escolas de formação de professores do ensino primário, clubes de agricultores para promover a rentabilidade e a sustentabilidade agrícola, ou programas de prevenção da tuberculose e do VIH/SIDA.

Sobre a Humana Portugal

É uma associação sem fins lucrativos que desde 1998 trabalha para incentivar a reutilização de têxteis. Este trabalho contribui para a proteção do ambiente, ao mesmo tempo que gera rendimentos para fins sociais.

A Humana gere uma rede de lojas de segunda mão (6 no Porto e 15 em Lisboa), onde vende uma parte das roupas usadas que recolhe. Os lucros das vendas de roupas usadas são investidos em projetos sociais, tanto local quanto internacionalmente. Em 2023, a Humana apoiou empresas sociais portuguesas
vale alimentação, equipamentos e vestuário; Continuou a apoiar as atividades dos seus parceiros de longa data na Guiné-Bissau e em Moçambique, financiando projetos nas áreas da educação e da saúde.

 

Outras lojas de roupas usadas

Em Portugal já existem muitas lojas online e físicas que vendem roupa usada como MyCloma, Micolet, Retry, Recolset, Vinted, Outra Face da Lua, Baú Store, Xcloset, Amor Fati, Anomaly, Ás de Espadas, Black Mamba e Boudoir Vintage. Boutique, Cali Fashion, Flamingo Vintage Kilo, Fora de Brazo, Heart Core, Madame Sorto, New Jester, Pop Closet, Retro City, Sons of the Silent Era, Truca Moda, Tropical Pyro, Zip Gum Boogie, Quartier Latin, Circular Clothes, Kiabi, entre outros. Para os mais pequenos, há bebé para bebé e mãe para bebé
Mom, Baby Loop, Tops N Dolls, Kids Closet Story, 3ciclo e Reino dos Pequeninos, entre outros.

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