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Noutras circunstâncias, teria sido um dia de celebração na Cisjordânia. Mas esta terça-feira, depois de oito meses de guerra devastadora numa Gaza que é tão emocionalmente próxima como fisicamente inacessível, não havia nada que indicasse em Ramallah que a Espanha, a Irlanda e a Noruega acabassem de se tornar os primeiros países da UE a reconhecer o Estado palestiniano em uma década. A mesma cidade que instalou telões gigantes em 2012 para que uma multidão acompanhasse com euforia a entrada da Palestina na ONU como Estado não-membro limitou-se a colocar as bandeiras dos três países na fachada da Câmara Municipal. Estão ao lado da África do Sul, o país que levou Israel pelo crime de genocídio perante o Tribunal Internacional de Justiça de Haia, que ordenou na semana passada que parasse imediatamente a ofensiva em Rafah. É aí que estão as mentes, não no reconhecimento.
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