Estudos/Pesquisa

A química quente transforma rapidamente moléculas aromáticas em aerossóis nocivos

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Grupos de investigação conjuntos da Universidade de Tampere, da Universidade de Helsínquia, da Universidade de Lund e da Pi-Numerics, em Salzburgo, estabeleceram passos iniciais importantes na conversão de moléculas aromáticas, um importante constituinte do tráfego e de outras emissões urbanas voláteis, em aerossóis. As suas descobertas aumentam a compreensão dos processos químicos que degradam a qualidade do ar urbano e influenciam as alterações climáticas.

Muitas moléculas aromáticas são cancerígenas e têm impactos negativos na saúde. Sua principal fonte são os gases de escape dos veículos motorizados. Os aromáticos podem formar partículas de aerossol quando colidem na atmosfera com o radical hidroxila, uma molécula coloquialmente apelidada de “detergente atmosférico” devido à sua aguda propensão a reagir quimicamente. Quando inaladas, as partículas de aerossol podem causar uma infinidade de problemas crônicos de saúde e até a morte. Estas partículas também afectam o clima da Terra, reflectindo a luz solar e aumentando a formação de nuvens.

Apesar da sua importância para o ambiente urbano, os detalhes dos processos de reação que formam aerossóis a partir de aromáticos permaneceram até agora não resolvidos.

O grupo de pesquisadores usou uma combinação de mecânica quântica, experimentos direcionados e modelagem para estabelecer as etapas iniciais do processo de reação do tolueno, uma das moléculas aromáticas mais abundantes.

“Descobrimos que um produto de reação que antes se pensava ser estável é na verdade transitório e se converte em novas moléculas quentes. Essas moléculas têm energia residual que torna a química subsequente rápida e leva prontamente a produtos precursores de aerossol. Este resultado preenche a lacuna entre teoria e observação e fornece uma melhor compreensão da química da formação de aerossóis em ambientes urbanos”, diz Siddharth Iyer, pesquisador de pós-doutorado em física de aerossóis na Universidade de Tampere.

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