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As chitas podem ser particularmente vulneráveis às alterações climáticas, uma vez que o aumento das temperaturas as força a ser mais activas à noite e a competir com outros carnívoros.
Embora as alterações climáticas possam afectar as interacções entre espécies e aumentar o risco de extinção, existem poucos dados sobre o impacto de factores climáticos específicos, como a temperatura, nas interacções.
Rafiq e seus colegas estudaram os efeitos da temperatura nos tempos de atividade e nas interações entre quatro espécies de grandes carnívoros africanos: leões, leopardos, chitas e cães selvagens africanos. Os padrões de actividade destes animais no norte do Botswana foram monitorizados através de coleiras de rastreio.
Assim, eles descobriram que a temperatura moldava os padrões de atividade das espécies. Todas as espécies diminuíram a atividade e tornam-se mais ativas à noite à medida que as temperaturas aumentam. Isto foi particularmente evidente nas chitas, onde a sua sobreposição com outros carnívoros aumentou em média 15,92%.
Este estudo destaca a importância de considerar respostas multiespécies ao inferir os impactos climáticos nos ecossistemas.
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