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Há cinco anos, no documentário coloque em, do jornalista Andrei Kondrashov, o presidente russo enfatizou que pode perdoar tudo, exceto um pecado: “Traição”. Na Rússia surgem suspeitas de que a morte, na quarta-feira, do proprietário do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi um acerto de contas pela sua deslealdade ao líder russo. Ao contrário de outros assassinatos, Moscovo não foi rápido em atribuir este ataque à Ucrânia e negou a sua responsabilidade com algum desprezo. Culpado ou não, a morte do chefe dos mercenários, juntamente com outras nove pessoas, foi interpretada na Rússia como um aviso a qualquer pessoa que se atreva a sair do seu lugar. Além disso, graças ao motim de Prigozhin há dois meses, o Kremlin tem um pretexto para pôr de lado a formalismos de uma democracia, como o direito a um julgamento justo. Na verdade, não é por acaso que a avaliação de Josef Stalin melhorou no último ano, já que para muitos russos é sinónimo de vitória e ordem. As vítimas são as que menos importam.
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