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O aparelho de poder hipercentralizado em Marrocos – que converge no ápice do Rei Mohamed VI, um soberano constitucional, mas com poderes muito amplos – está a dificultar a resposta do país ao terramoto mais intenso registado na sua história, que causou quase 3.000 mortes e mais mais de 5.000 feridos na empobrecida região do Atlas, no sul. O Governo parece agir sem iniciativa própria, aguardando instruções do monarca, que só apareceu em público duas vezes – na tarde de sábado, no regresso a Rabat de uma viagem privada a Paris, e na noite de terça-feira, em Marraquexe – depois do violento terremoto que abalou nove províncias do sul pouco antes da meia-noite de sexta-feira.
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