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A fuga interminável dentro de Gaza: “Não há como escapar desta guerra”

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“Hesito entre sentir fome, mas morar em uma casa, ou ter mais facilidade para comer, mas morar em uma barraca em uma área onde há escorpiões, cobras, cachorros e caos.” Hossam Nasser escolheu a primeira opção. Um ataque aéreo destruiu seu prédio (“naquele dia me tiraram dos escombros, eu corria ferido pelas ruas sem saber para onde ir”, lembra) e agora vive precariamente no apartamento de um parente. É perto de Shuyaia, o bairro povoado da capital de Gaza que as tropas israelitas invadiram em Dezembro e novamente em Junho, provocando um novo êxodo de milhares de pessoas. Nasser, porém, ficou. Mais do que por decisão (palavra que hoje perdeu o sentido em Gaza), por aprendizagem. “Não me importo mais em morar perto de Shuyaia porque não me importo mais se vivo ou morro. Não há como escapar desta guerra. “Isso continua e vai destruir todos nós”, acrescenta. Em 10 meses de guerra, o exército israelita forçou os habitantes de Gaza a fugir para o sul, apenas para acabar invadindo as partes que marcou como seguras nos panfletos. Agora mantém a maioria concentrada em Al Mawasi, a “zona humanitária” onde em Julho matou 90 pessoas e feriu mais de 300 num atentado bombista para assassinar o líder militar do Hamas, Mohamed Deif, que foi dado como morto na última semana.

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