Estudos/Pesquisa

A fractalcina parece desencadear a reparação de danos cerebrais causados ​​pela doença. — Strong The One

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Um pesquisador da Universidade de Alberta está um passo mais perto de demonstrar o potencial de uma molécula cerebral chamada fractalcina para interromper e até mesmo reverter os efeitos da esclerose múltipla e outras doenças neurodegenerativas.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune na qual a mielina, ou revestimento adiposo das células nervosas, é corroída, levando a danos nos nervos e sinalização mais lenta entre o cérebro e o corpo. Os sintomas da EM variam de visão turva à paralisia completa e, embora existam tratamentos, as causas não são totalmente compreendidas e nada existe para reverter o processo da doença. Mais de 90.000 canadenses vivem com MS, de acordo com a MS Society.

Em uma nova pesquisa publicada na Relatórios de células-tronco, Anastassia Voronova, professora assistente e presidente de pesquisa do Canadá em biologia de células-tronco neurais, injetou fractalcina em camundongos com esclerose múltipla induzida quimicamente.

Ela descobriu que o tratamento aumentou o número de novos oligodendrócitos – células vitais do cérebro e da medula espinhal que produzem mielina em cérebros embrionários e adultos – que são danificados durante o ataque autoimune da EM.

“Se pudermos substituir os oligodendrócitos perdidos ou danificados, eles poderão produzir nova mielina e acredita-se que isso interromperia a progressão da doença ou talvez até revertesse alguns dos sintomas”, diz Voronova. “Esse é o Santo Graal na comunidade de pesquisa e algo pelo qual somos muito apaixonados.”

A pesquisa anterior de Voronova testou a segurança e a eficácia da fractalcina em camundongos normais e encontrou efeitos benéficos semelhantes. Outros pesquisadores demonstraram que a fractalcina pode fornecer proteção para os nervos em modelos de camundongos antes que a doença seja induzida, mas esta é a primeira vez que foi testada em animais que já tinham a doença.

Voronova e sua equipe observaram novos oligodendrócitos, bem como células progenitoras reativadas que podem regenerar oligodendrócitos, nos cérebros dos animais tratados. A remielinização ocorreu tanto na substância branca quanto na cinzenta. Os pesquisadores também observaram uma redução da inflamação, parte do dano causado pelo sistema imunológico. Os próximos passos para o tratamento incluem testá-lo em outros modelos de camundongos doentes, incluindo aqueles com doenças neurodegenerativas diferentes da EM.

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