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A visita de Xi Jinping a Moscou foi boa para a China. Ele não pressionou Vladimir Putin a sentar e negociar, mas conseguiu nos fazer falar sobre como ele pode mediar pela paz na Ucrânia. Na guerra, Pequim se vende como um ator neutro, embora o que faça tacitamente seja consentir com a invasão ilegal de um país. A história de Zhongnanhai, La Moncloa china, é que, à sua maneira, pode fazer mais pelas relações internacionais do que algumas democracias. É verdade que há algumas semanas foi marcado um golo no Médio Oriente: o Irão e a Arábia Saudita retomaram as relações que tinham rompido em 2016. Houve mediação chinesa, embora na realidade o país asiático tenha aderido a um processo que tinha está em andamento há anos na região, com o Iraque e Omã como facilitadores. Não sabemos no que se traduzirá esta reaproximação porque Riad e Teerã são duas superpotências, ambas teocracias, com interesses opostos. O fato é que Pequim colocou sua marca nesse pacto, algo que Washington não conseguiu por muitos anos.
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