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A Associação Pantura está otimista com o ano do cogumelo no nordeste de Trás os Montes

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O presidente da associação fúngica “A Pantorra”, com sede em Mogadoro, mostrou-se ontem optimista com a época de colheita de cogumelos silvestres, que agora começou, devido às boas condições meteorológicas no nordeste de Trás os Montes.

Em declarações ontem à Lusa, Manuel Moredo disse que a previsão é optimista devido à quantidade de chuva que caiu. A maior parte dos cogumelos silvestres que se reproduzem nesta zona de Bragança nesta altura do ano começarão provavelmente a surgir dentro de oito a 10 dias.

“Acredito que existem condições fantásticas para o surgimento das mais diversas espécies de cogumelos silvestres comestíveis” que irão enriquecer a gastronomia do Terraço os Monte nesta altura do ano, afirmou o micologista.

A fiscalização foi realizada em preparação para o XXIII Encontro Transmontano de Fungos, um dos mais antigos do país, que se realizará em Mogadoro, na região de Bragança, entre 3 e 5 de Novembro e que conta com o apoio do município.

Durante o encontro micológico haverá tempo para uma demonstração dos cogumelos recolhidos e um jantar micológico num dos restaurantes de Mogadoro.

Há muito que o público considera este tipo de comida uma “verdadeira iguaria dos deuses”, mas a associação afirma que “os cogumelos são um alimento de risco”.

No encontro de micologistas deste ano focamo-nos mais na identificação de cogumelos nas florestas, porque são um alimento de risco e assim ajudam a identificar quais os cogumelos comestíveis e quais os mais tóxicos”, explicou Manuel Moredo.

No topo dos cogumelos mais mortais está uma espécie chamada “Amanita phalloides”, que os especialistas consideram “a mais tóxica e mortal”.

Apesar do valor económico dos cogumelos comestíveis, em Portugal ainda não existe legislação que regule este setor, e este “vazio legal” não permite a “certificação” das mais diversas espécies para que se tornem um ativo económico.

“Estamos cansados ​​de propor um código de conduta para a apanha de cogumelos nas últimas duas décadas. Tem de haver legislação que acabe com o caos que existia no domínio da apanha de cogumelos, que é uma matéria da competência do Ministério da Educação”. Agricultura”, concluiu Manuel Moredo.

A Pantura já identificou mais de 1.000 espécies de cogumelos no nordeste de Trás os Montes nos últimos 23 anos, mas os seus especialistas estão convencidos de que há muito mais espécies a identificar.

Pântanos, castanheiros e pinhais, locais ideais para convívio, são explorados centímetro a centímetro nesta altura do ano pelos apanhadores de cogumelos selvagens, uns por diversão e outros porque consideram a actividade uma forma de sustento.

Nesta altura do ano, as sanchas, os boletos, as ribulgas ou os muscarus são alguns dos fungos mais procurados pelos conhecedores e colecionadores de cogumelos do interior norte.

Os preços dos mais diversos tipos de cogumelos silvestres frescos podem variar entre os 15 euros por quilo no caso dos boletos e os 7,5 euros no caso das flechas de pinheiro.

A Sociedade Micológica conta com cerca de uma centena de membros espalhados por todo o país e estrangeiro.

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