Estudos/Pesquisa

Fechar o ciclo do RNA promete terapias de RNA mais estáveis ​​e eficazes

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Novos métodos para moldar moléculas de RNA em círculos podem levar a terapias mais eficazes e duradouras, mostra um estudo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego. O avanço é promissor para uma série de doenças, oferecendo uma alternativa mais duradoura às terapias de RNA existentes, que frequentemente sofrem de eficácia de curta duração no corpo.

O trabalho foi publicado em 26 de agosto em Engenharia Biomédica Natural.

As moléculas de RNA surgiram como ferramentas poderosas na medicina moderna. Elas podem silenciar genes por meio de pequenos RNAs interferentes (siRNAs) ou servir como modelos para fazer proteínas terapêuticas, como visto com RNAs mensageiros (mRNAs). Ao contrário das tecnologias de edição genética, que fazem mudanças permanentes no DNA, as terapias de RNA oferecem uma abordagem temporária, mas altamente direcionada.

No entanto, um grande desafio é que os RNAs não duram muito no corpo, o que limita sua eficácia. O conceito de RNAs circulares (cRNAs) ganhou força como uma solução para esse desafio. Os RNAs circulares, ao contrário de suas contrapartes lineares, têm uma estrutura de circuito fechado que os torna mais resistentes à degradação. O problema é que os métodos existentes para criar RNAs circulares são complexos e ineficientes.

Para superar esses obstáculos, pesquisadores liderados por Prashant Mali, professor do Departamento de Bioengenharia Shu Chien-Gene Lay na UC San Diego, desenvolveram dois novos métodos para produzir RNAs circulares que são simples e escaláveis. Um método ocorre dentro das células usando uma proteína natural chamada RtcB, para unir fitas de RNA em loops. O outro método, em contraste, usa um tipo de enzima bacteriana conhecida como íntrons do grupo II para formar RNAs circulares fora das células. Os pesquisadores também desenvolveram etapas simples de purificação que aumentam significativamente o rendimento de RNAs circulares. Esses avanços significam que RNAs circulares podem ser produzidos com maior facilidade e quantidades do que antes.

Os RNAs circulares foram testados em células musculares cardíacas e neurônios. Eles exibiram estabilidade e atividade biológica aprimoradas, superando os RNAs lineares tradicionais em ambos os tipos de células. Essas descobertas sugerem que os RNAs circulares podem ser benéficos no tratamento de condições que afetam o coração e o sistema nervoso.

Em seguida, os pesquisadores estão trabalhando para estender esses estudos para outros cenários in vivo.

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