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Uso irracional de medicamentos – uma ameaça à comunidade de pacientes

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Mais de 50% de todos os medicamentos em todo o mundo são prescritos, dispensados ​​ou vendidos de forma inadequada. 50% dos pacientes

não tomá-los corretamente. Por outro lado, cerca de um terço da população mundial não tem acesso a medicamentos essenciais. O tratamento com medicamentos é uma das intervenções médicas mais rentáveis ​​conhecidas e a proporção do orçamento nacional de saúde gasto com medicamentos varia entre 10% e 20% nos países desenvolvidos e entre 20 e 40% nos países em desenvolvimento. Assim, é gravíssimo que tantos remédios estejam sendo usados ​​de forma inadequada e irracional.

Uso irracional

Os tipos comuns de uso irracional de medicamentos são:

1. O uso de muitos medicamentos por paciente

2. Uso inadequado de antibióticos, muitas vezes em dosagem inadequada, para infecções virais

3. Uso excessivo de injeções quando as formulações orais seriam mais apropriadas;

4. Não prescrição de acordo com as diretrizes clínicas;

5. Automedicação inadequada, muitas vezes de medicamentos sujeitos a receita médica.

Má comunicação entre profissionais e consumidores

A comunicação entre profissionais e consumidores é fundamental para o aprimoramento do uso racional de medicamentos pelos consumidores. Os profissionais devem fornecer ao consumidor as seguintes informações: nome do medicamento, finalidade do medicamento, dose, frequência de uso e duração do uso. Os medicamentos prescritos e dispensados ​​também devem estar devidamente rotulados indicando as informações acima. A escassez de pessoal de saúde qualificado nas unidades de saúde pública resultou em rotulagem inadequada dos medicamentos e em tempo insuficiente para informar os consumidores sobre como tomar o medicamento. Também são importantes as possíveis interações medicamentosas e alimentares que podem ocorrer após tomar os medicamentos. Nos casos de medicamentos para doenças crônicas, como os anticancerígenos, os efeitos adversos como perda de memória, depressão e muitos outros devem ser explicados ao consumidor.

Toda essa comunicação requer um tempo adequado entre os profissionais e os consumidores, nem sempre disponível devido à enorme carga de trabalho dos profissionais de saúde nos países em desenvolvimento. A situação foi agravada pelo aumento da disseminação do HIV/AIDS e os problemas de tratamento concomitantes, que sobrecarregaram ainda mais os profissionais de saúde e os consumidores.

A influência da empresa na prescrição de seu produto, principalmente quando um novo produto é introduzido no mercado. Um estudo realizado pelo governo alemão sobre novos medicamentos mostrou que 300.000 médicos estavam prescrevendo um novo tipo de insulina (insulina análoga) que não tem nenhuma vantagem adicional sobre a insulina existente. Como resultado desta constatação, o Ministério da Saúde alemão decidiu excluir novos medicamentos da lista de medicamentos pagos pelo sistema nacional de seguro de saúde, desde que sejam mais caros do que os medicamentos aprovados existentes. Este é um passo importante na direção certa, mas muitos desses tipos de medidas serão tomadas no futuro para proteger os pacientes desse grave e generalizado problema de saúde pública

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