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El Salvador, que foi criticado pelo FMI por legalizar o Bitcoin como opção de pagamento, está testemunhando uma queda no uso da criptomoeda. A economia do país centro-americano, que depende em grande parte das receitas de remessas, registrou uma queda significativa nas remessas baseadas em BTC. Dados do Banco Central de Reserva de El Salvador (BCR) revelaram que as remessas baseadas em BTC caíram 17,8% entre janeiro e fevereiro deste ano.
Uma remessa é uma transferência de dinheiro não comercial iniciada por um trabalhador estrangeiro, um membro de uma comunidade da diáspora ou uma pessoa com laços no exterior para sustentar a renda familiar de suas famílias em seus países de origem.
Nos primeiros dois meses de 2022, El Salvador embolsou $ 19,45 milhões (cerca de Rs. 160 crore) em remessas recebidas como tokens Bitcoin. Considerando que este ano, durante os mesmos meses, o valor ficou em US$ 15,98 milhões (cerca de Rs. 130 crore), registrando uma queda de US$ 3,47 milhões (cerca de Rs. 28 crore) em relação ao ano passado.
Em 2021, El Salvador se tornou a primeira nação do mundo a declarar o Bitcoin como moeda legal ao lado do dólar americano. O país lançou sua própria carteira digital chamada Chivo, por meio da qual os cidadãos podem armazenar e gastar suas participações em BTC.
Receber remessas em valores totais de sua diáspora trabalhando no exterior foi uma das muitas razões pelas quais El Salvador introduziu com confiança o BTC como moeda legal. Anteriormente, os serviços de transferência de dinheiro, como a Western Union, eram acusados de cortar grande parte das remessas como taxa de serviço. Com as transferências de BTC, no entanto, o país desejava obter os valores completos com pouca ou nenhuma taxa de serviço, bem como a transferência instantânea de fundos entre fronteiras.
Agora que a remessa baseada em BTC caiu em El Salvador, infere-se que o uso geral do BTC também caiu no país.
“Uma pesquisa do Instituto Universitário de Opinião Pública da Universidade Centro-Americana (Iudop) divulgada em meados de janeiro aponta para o ‘uso quase zero’ de Bitcoin em El Salvador em 2022 e a persistência de ‘opiniões desfavoráveis’ entre a população sobre o criptoativo”, afirmou um relatório da Agência EFE.
Até agora, o presidente salvadorenho Nayib Bukele não abordou a situação.
No início deste ano, quando o BTC estava sendo negociado em baixa nas paradas criptográficas, El Salvador havia declarado que compraria um BTC por dia para mostrar seu apoio ao ativo digital.
O país também está tentando desencadear mais atividades relacionadas à criptomoeda entre seus cidadãos.
Recentemente, El Salvador começou a conceder aprovações operacionais para empresas criptográficas que desejam se estabelecer em seus territórios. A exchange de criptomoedas Bitfinex se tornou a primeira empresa de criptomoedas a obter uma licença oficial de El Salvador para operar como provedora de serviços de ativos digitais no país.
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