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Para uma capital que enfrenta convulsões políticas potencialmente intensas, Moscou se aqueceu em uma calma ensolarada de domingo.
A Praça Vermelha foi fechada como medida preventiva antiterror. Um turista nos perguntou melancolicamente por que não podia atravessar a pé e pareceu surpreso com a referência ao terrorismo.
Sem acesso ao telegrama russo e qual turista assiste à TV estatal, não é de admirar que ele não tivesse ideia o que acabou de acontecer.
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O único outro indicador do estado de coisas, pelo menos no centro da cidade, foram os policiais à paisana que pediram nossos documentos.
Mas as pessoas pareciam abaladas.
“Fiquei tão chocada e não sabia o que fazer que pensei que deveria me mudar para São Petersburgo ou outro lugar”, disse Irina.
Ela era da cidade de Vidnoye, ao sul de Moscou, e tinha visto muitos veículos militares ao redor de sua casa.
“Esta situação era tão ruim, e parecia que as pessoas no governo não sabiam o que fazer.”
“Não quero entrar na política”, disse outra mulher, repetindo um refrão comum entre o povo russo.
“Graças a Deus podemos andar aqui no centro de Moscou e está tudo bem!”
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Palavras corajosas na Rússia hoje – não é de admirar que ele estivesse sussurrando.
A ação estava toda em outro lugar, em Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e em Voronezh, a meio caminho de Moscou.
Valas cavadas nas estradas para tentar parar o comboio de Wagner foram rapidamente preenchidas. A crise imediata foi rapidamente neutralizada, seus vestígios físicos apagados.
Mas que marca essas 24 horas deixarão na consciência pública e nos livros de história, especialmente se este não for o ato final de Evgeny Prigozhin?
Em 2014, o escritor Peter Pomerantsev idealizou um dos melhores títulos para seu livro sobre a Rússia – Nada é verdade e tudo é possível.
Enquanto pondero sobre as possíveis permutações do verdadeiro significado da rebelião armada de Prigozhin, essa frase continua voltando.
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