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A insatisfação com a guerra de Vladimir Putin na Ucrânia, sublinhada pelo motim armado do chefe de Wagner, Yevgeny Prigozhin, criou uma oportunidade “única em uma geração” para os EUA recrutarem espiões, disse o diretor da CIA.
William Burns disse que o motim abortado foi um desafio ao estado russo que mostrou o efeito corrosivo de do senhor Putin guerra em Ucrânia.
Falando em uma palestra para a Fundação Ditchley – uma instituição de caridade focada nas relações britânico-americanas – Burns disse que a insatisfação com a guerra estava criando uma rara oportunidade de recrutar espiões, que a CIA estava capitalizando.
“O descontentamento com a guerra continuará a corroer a liderança russa sob a dieta constante de propaganda estatal e repressão praticada”, disse Burns.
“Essa insatisfação cria uma oportunidade única em uma geração para nós na CIA – em nosso núcleo, um serviço de inteligência humana. Não vamos desperdiçar isso.”
Em maio, o Kremlin disse que suas agências estavam rastreando atividades de espionagem ocidentais depois que a CIA publicou um vídeo encorajando os russos a fazer contato por meio de um canal seguro na Internet.
O vídeo em russo foi acompanhado por um texto dizendo que a agência queria ouvir oficiais militares, especialistas em inteligência, diplomatas, cientistas e pessoas com informações sobre a economia e liderança da Rússia.
Burns disse que é “impressionante” que o motim de Prigozhin tenha sido precedido por meses de ataques abertos aos oficiais militares mais graduados de Putin em vídeos nos quais ele usou uma variedade colorida de palavrões grosseiros e gírias da prisão, que o presidente russo não respondeu em público.
“É impressionante que Prigozhin tenha precedido suas ações com uma acusação contundente da lógica mentirosa do Kremlin para a invasão da Ucrânia e da condução da guerra pela liderança militar russa”, disse Burns, que serviu como embaixador dos EUA na Rússia de 2005 a 2008. e foi nomeado diretor da CIA em 2021.
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“O impacto dessas palavras e ações durará algum tempo – um lembrete vívido do efeito corrosivo da guerra de Putin em sua própria sociedade e seu próprio regime.”
Burns disse que o motim foi um “assunto interno da Rússia no qual os Estados Unidos tiveram e não terão parte”.
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No início desta semana, Putin agradeceu ao exército e às forças de segurança por evitarem o que ele disse que poderia ter se transformado em uma guerra civil e comparou o motim ao caos que iniciou duas revoluções na Rússia em 1917.
O Kremlin tem procurado projetar uma imagem de calma estabilidade desde que um acordo foi fechado no fim de semana passado para acabar com o motim, com Putin discutindo turismo, cumprimentando multidões no Daguestão e discutindo ideias para o desenvolvimento econômico.
Mas Burns disse que a guerra já foi um fracasso estratégico para a Rússia, revelando sua fraqueza militar e prejudicando a economia russa nos próximos anos, enquanto a aliança militar da Otan se torna maior e mais forte.
Ele disse que o “futuro da Rússia como parceira minoritária e colônia econômica da China” está sendo moldado “pelos erros de Putin”.
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