.
Jonas Nellie
Na quarta-feira (13), a Justiça de Minas Gerais determinou o congelamento de bens no valor de R$ 50 milhões pertencentes a 123 sócios da Milhas. Com esta decisão, os bens pessoais de Ramiro Madureira e Augusto Madureira serão bloqueados para garantir o pagamento dos créditos aos consumidores afetados.
A sentença foi proferida pelo desembargador Eduardo Enrique de Oliveira, da 15ª Vara Cível de Belo Horizonte. Um magistrado atendeu ao pedido do Ministério da Segurança Pública para ignorar a situação jurídica da empresa e apreender os bens pessoais dos sócios.
“Existem a possibilidade de direitos e riscos ao resultado útil do processo, cujas características não devem excluir a reparação integral dos danos causados e a futura reparação de milhares de consumidores prejudicados. “É possível salvar imediatamente alguns dinheiro em preparação para um “interesse de classe que predomina e em detrimento da separação entre a corporação e seus sócios”, decidiu o juiz.
No mês passado, a 123 Milhas deixou de emitir bilhetes para passeios programados de setembro a dezembro deste ano. Cancelamento aplicado a ingressos “Promo Line”. Qualquer dano ao consumidor será investigado pela Justiça e pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon). Procurada pela Agência Brasil, a empresa disse que ainda não foi notificada da decisão, mas pretende recorrer dentro do prazo legal.
“Transação errada”
Em depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados, no início deste mês, o sócio da 123Milhas, Ramiro Madureira, disse que o modelo de negócios errado levou à falência da empresa.
Ele disse que a empresa acredita que os custos cairão à medida que o mercado de viagens se recuperasse após a pandemia, mas isso não aconteceu. Esse modelo contou com novas compras no site, que ficaram abaixo do esperado. Em seu braço promocional, o Promo, os clientes adquiriram ingressos com datas flexíveis.
.