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O Presidente da Comunidade Municipal da Região de Aveiro (CIRA) apelou ontem à participação do setor privado no programa MAR 2030, e a investir mais na “economia azul”.
Ribão Esteves falava na apresentação da estratégia do grupo de acção costeira, realizada em Ilhafo, no âmbito da Conferência da Região de Aveiro.
O autarca admitiu que a participação do setor privado no investimento no âmbito do Portugal 2020 não atingiu os objetivos: “Não obtivemos os resultados que queríamos em termos de participação do setor privado”.
E acrescentou: “Sabemos que o sector tem outros mecanismos de financiamento e ainda tem uma cultura que é muito relevante para a sua relação com a economia informal”.
Ribão Esteves disse esperar agora uma maior participação, especialmente porque esta é a primeira vez em todos os ambientes comunitários que o programa operacional de Março de 2030 será o primeiro a ficar disponível.
Sem querer perder tempo, o CIRA, através do Grupo de Acção Costeira, traçou uma estratégia consubstanciada em dezenas de acções, destinadas a alcançar o reforço da competitividade da economia azul.
A pesca e a aquicultura situam-se em eixos estratégicos identificados, além da preservação da construção naval tradicional e da valorização da arte Xávega.
O investimento em investigação e desenvolvimento tecnológico, inovação e transferência de conhecimento para o setor, com o objetivo de desenvolver novos produtos relacionados com o mar e a água, foi também integrado na estratégia apresentada.
“Queremos que estas operações sejam utilizadas ao máximo pelos intervenientes públicos e privados do nosso território, de forma a desenvolver o nosso território e a melhorar a qualidade de vida de quem aqui vive ou de quem aqui passa algum do seu tempo livre, ” concluiu Ribau Esteves.
No documento submetido é ainda feita referência à valorização das aldeias piscatórias, “como elementos estruturantes das comunidades locais na sua identidade, e como produto turístico distintivo”.
Outro objetivo é utilizar os fundos do programa Sea 2030 para organizar uma oferta de turismo marinho e organizar eventos desportivos náuticos.
Existem 462 empresas pesqueiras na região, incluindo 1.969 pescadores, 35 empresas de aquicultura e 36 empresas da indústria de preparação e processamento de pescado, segundo dados divulgados na apresentação.
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