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A piranha preta tem a mordida mais forte de todos os peixes ósseos

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Na tentativa de calcular a força de mordida da enorme piranha extinta, uma equipe internacional de biólogos marinhos concluiu que a piranha negra moderna, juntamente com sua contraparte extinta, tem a mordida mais forte de qualquer predador com seu tamanho corporal.

De acordo com o estudo publicado na revista Scientific Reports, os pesquisadores realizaram medições de força de mordida usando espécimes selvagens da maior espécie de piranha carnívora – as piranhas pretas.

A equipe de cientistas coletou 15 exemplares de piranha preta nos afluentes Xingu e Iriri, no rio Amazonas, no Brasil, usando redes e técnicas de pesca. Segundo o relatório, o peixe “fez imediatamente várias mordidas defensivas utilizando o transdutor colocado entre as extremidades das suas mandíbulas”. Alguns peixes também foram dissecados em campo para análise e registro do formato de suas mandíbulas.

Estas observações permitiram aos cientistas descrever a fisiologia básica das mandíbulas que dão a este animal a capacidade de morder com uma força superior a 30 vezes o seu peso corporal. A grande massa muscular da mandíbula da piranha negra permite ao animal morder com força notável.

Com base nos dados coletados, os pesquisadores também fizeram estimativas sobre a força de mordida da já extinta piranha gigante. A equipe levantou a hipótese de que as piranhas extintas e as piranhas atuais, que são parentes evolutivos, compartilhavam a mesma fisiologia mandibular.

Os pesquisadores concluíram que a enorme piranha conseguiu morder o fêmur bovino sem problemas. Com base no formato conhecido de seus dentes, concordaram que esse animal caçava tartarugas e peixes com ossos.

“Foi muito emocionante participar deste projeto e viajar de volta à Amazônia para que pudéssemos medir diretamente a força da mordida na natureza”, disse Guillermo Orte, professor de biologia da Universidade George Washington, em comunicado. “Aprendi muito sobre biomecânica com meus colegas enquanto coletava espécimes valiosos para minha própria pesquisa.”

O trabalho de campo deste estudo foi organizado e fotografado pela National Geographic. Algumas das imagens foram utilizadas em um programa de TV chamado Megapirana, exibido no canal National Geographic.

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