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Os municípios de Silorico da Pera, Guarda, Mantegas e Sabugal, região da Guarda, formalizaram hoje a criação de um sistema público de água em altitude, para gerir a água no seu território, servindo 61 mil habitantes.
APAL – SIM: Água Pública em Altitude – Sistema Intermunicipal de Serviços é um dos primeiros sistemas do país a assegurar a gestão integrada de água, águas residuais e águas pluviais.
Os estatutos da nova entidade foram assinados esta manhã na Guarda, onde a nova entidade terá sede.
Os quatro autarcas consideram que se trata de um “dia importante e histórico” para a região, e destacam o “espírito de solidariedade” que permitiu que a ideia se concretizasse.
Ao agrupá-los, será possível aos municípios realizar investimentos utilizando fundos comunitários. Os autarcas sublinharam a necessidade de investir na redução de perdas, através da reformulação de canais e contadores, bem como na contratação e qualificação de trabalhadores.
Para o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sergio Costa, do movimento Bella Guarda, isto constitui um “grande desafio” para a região, sublinhando que é o maior sistema da região, servindo 61 mil pessoas.
O prefeito Guarda, citado por outros como o impulsionador do projeto, destacou a importância da água para a região. “Não podemos viver aqui sem água. Temos que estar muito conscientes do que pode acontecer com a região se não houver água.”
Sérgio Costa sublinhou que este sistema surgiu com base na vontade dos autarcas e por isso “não está condicionado a ninguém”. Ele destacou que é o maior sistema da região e abrange 61 mil pessoas.
O presidente da Câmara Municipal de Mantegas, Flávio Massano, eleito pelo Movimento Autónomo Mantegas 2030, destacou a mais-valia dos municípios na capacidade de implementar os investimentos necessários nos quatro municípios e na utilização de fundos comunitários. O autarca sublinhou que Mantegas é o concelho “com maiores limitações e dificuldades” e onde serão necessários “os ajustamentos mais difíceis”.
A vice-presidente da Câmara de Cilorico da Pera, Teresa Cardoso, sublinhou que através deste agrupamento será implementada uma gestão “mais sustentável e mais profissional”, aproveitando melhor os recursos.
“Sozinho foi mais difícil. Temos a vantagem de solicitar determinados recursos, porque financeiramente às vezes é difícil fazer os investimentos necessários.
O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Vitor Proenza, elogiou a iniciativa do presidente da Câmara da Guarda, afirmando que é “assim que deve ser um líder da capital regional”.
O autarca (PSD) referiu que o município de Sabogal estava “numa situação complexa” nesta área e por isso “aderiu no momento certo” a este sistema. Destacou a mais-valia da Guarda na “criação de escala” e na gestão da estrutura e reconheceu que “não será um mar de rosas”.
A nova estrutura irá acolher funcionários das quatro estruturas municipais, totalizando cerca de 70 colaboradores.
Este modelo apelou ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) porque defende a continuidade da água como serviço público exclusivo, como sublinhou o coordenador regional da Guarda, José Catalino.
“Não há capital privado neste sistema e, portanto, de todos os modelos possíveis, este é o modelo que defendemos, porque não só defende integralmente os interesses de quem trabalha na administração pública, mas acreditamos que é o modelo que defende gestão da água como bem público.””, como diz.
O dirigente sindical declara que os trabalhadores continuarão a trabalhar na administração pública, cada um no seu concelho.
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