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São Tomé terá nova central fotovoltaica para garantir estabilidade energética

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São Tomé e Príncipe vai ter uma nova central fotovoltaica para produzir 10 megawatts de energia, num projecto no valor de 60,7 milhões de euros, financiado conjuntamente pelo Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e Japão.

Segundo o diretor da Agência Fiduciária de Administração de Projetos (AFAP), o Projeto Acesso a Energia Limpa e Sustentável receberá um financiamento de 60,7 milhões de dólares (56,1 milhões de euros), incluindo 47,7 milhões de dólares (44,1 milhões de euros) do Banco Mundial, e do Banco Mundial. O valor inclui a gestão de 2,8 milhões de dólares (2,6 milhões de euros) que serão angariados pelo Japão através de “crowdfunding”, e 13 milhões de dólares (12 milhões de euros) do Banco Africano de Desenvolvimento.

“Estamos claramente a falar de um projeto que está estruturado, antes de mais, pelo setor que abrange, o setor energético, que também está estruturado porque é a base de qualquer economia”, sublinhou Hélio Almeida na abertura da sessão. Foi promovido pela AFAP para apresentar e discutir o projeto com instituições parceiras e representantes de instituições públicas e privadas, bem como da sociedade civil.

Hélio Almeida sublinhou que o projecto demonstra “o passo que o país deve dar rumo à sustentabilidade energética, que assenta principalmente nas energias renováveis”, para reduzir os custos anuais de importação de combustíveis.

E acrescentou: “A nossa necessidade de reservas cambiais para importar combustível ascende a cerca de 30 milhões de dólares (27,7 milhões de euros) anualmente. “Isto é demais para o nosso contexto, demasiado para a nossa realidade económica global, e não é produtivo.”

Almeida acrescentou que o projecto “provocará uma mudança radical no sector energético do país”, ao “reduzir o custo da electricidade”, e contribuirá para “melhorar o ambiente de negócios e atrair investimento directo estrangeiro”.

O projecto terá a duração de cinco anos e começará a ser implementado em Março. Em São Tomé, será instalada uma central fotovoltaica numa área de cerca de 20 hectares de terreno na zona de Agua Casada, na província de Lopata, e na ilha do Príncipe serão construídas três pequenas centrais eléctricas para recarregar as baterias dos motores eléctricos que serão utilizados e distribuir aos pescadores.

Recentemente, o diretor da Companhia de Águas e Energia Elétrica, Hélio Lavris, patrocinou a produção de 22 megawatts de energia, o que supera a demanda do país de 16 megawatts.

Segundo o Coordenador do Projecto de Revitalização do Sector Eléctrico da AFAP, a nova central a instalar em São Tomé em 2025 deverá começar a produzir até 5 MW de energia fotovoltaica, sendo que também entrarão em funcionamento as três pequenas centrais fotovoltaicas da ilha do Príncipe. .

“Quando falamos de um país que produz quase 100% de energia diesel, a introdução de 10 MW de energia solar de pico traz grandes benefícios para o país”, explicou Faustino Neto.

A estabilização energética foi um dos desafios enfrentados pelo governo são-tomense, que formou um Comité de Crise, chefiado pelo próprio Primeiro-Ministro, Patrice Truvoda.

Desde Dezembro do ano passado, o país assistiu ao regresso à normalidade do fornecimento de energia, após a entrada em funcionamento de um grupo de cinco geradores a gasóleo de uma empresa turca fornecedora de 10 megawatts de electricidade, num acordo contestado pela oposição devido a uma alegada falta. De transparência.


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