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Brasil anuncia programa para reduzir riscos cambiais e atrair investimentos verdes

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Ontem, o governo brasileiro lançou um programa para reduzir os riscos cambiais e atrair investimentos estrangeiros verdes por meio de seguros e uma linha de crédito em condições favoráveis.

Com apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a iniciativa ajudará empresas e investidores sediados no Brasil a obter recursos no exterior por meio de operações no mercado de capitais, afirmou o governo brasileiro em entrevista coletiva em São Paulo.

O responsável do Banco Islâmico de Desenvolvimento, Ilan Goldfagen, afirmou que o banco regional apoiará o programa com 5,4 mil milhões de dólares (4,98 mil milhões de euros).

O governo explicou que não se trata de interferência no mercado cambial, mas sim de “protecção especial para projectos de transformação ambiental”.

Isso se deve ao fato de que a volatilidade de longo prazo do real, moeda do Brasil, um país emergente, é tão alta que inviabiliza investimentos verdes em moedas estrangeiras, explicou.

Portanto, o Brasil oferecerá essa proteção cambial, que funcionará como um seguro, ou seja, se o valor do real cair muito, a diferença será coberta, permitindo ao investidor comprar dólares a um preço pré-determinado.

O BID atuará como intermediário na utilização de um banco internacional para fornecer seguro cambial no Brasil, o que o fará a um custo menor.

Goldwagen, que está visitando o Brasil para participar da reunião dos ministros das finanças do G20 em São Paulo esta semana, disse que se o programa tiver sucesso, “será um exemplo para o mundo” porque os riscos cambiais são um “problema global”.

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, disse que a proteção da natureza e o desenvolvimento econômico “não podem continuar separados”.

Neste contexto, afirmou que o G20 detém “80% dos recursos da economia global, mas é também responsável por 80% das emissões de dióxido de carbono”.

Ele disse: “A transformação ambiental de que o mundo necessita não acontecerá se houver apenas investimento público. Pelo contrário, deve haver investimento público e privado”.


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